Autor dos dois gols no Gre-Nal do Século, há mais de 25 anos, Nilson ouviu novamente a narração de Armindo Antônio Ranzolin no programa Dose Dupla, durante um bate-papo com Luiz Augusto Alano, nesta segunda-feira (03).
"Nunca tinha jogado Gre-Nal e não conhecia essa história da rivalidade. Então isso marcou muito. Parece que foi ontem e arrepia aqui ainda. Fiquei arrepiado de ouvir a narração", confessou o ex-centroavante ao ouvir os gols da vitória colorada por 2 a 1 em fevereiro de 1989.
Ele também falou sobre a personalidade de Abel Braga, que era o treinador do Inter naquela oportunidade. Mesmo jovem na função de treinador, Nilson recorda que Abel foi fundamental no intervalo da partida.
"Abel sempre teve personalidade forte. Tomamos um chocolate no primeiro tempo e estávamos com um jogador a menos. Ele deu uns tapas no armário, uns berros do jeito dele e disse que só tínhamos feito m* (risos). Conseguimos fazer um segundo tempo brilhante", disse.
Passando por mais 20 times na carreira como Palmeiras, Flamengo, São Paulo, Corinthians e Atlético-MG, Nilson disputou diversos clássicos. No entanto, o ex-jogador destaca que não há rivalidade como a do clássico Gre-Nal.
"Em outros lugares não monopoliza. Mas no sul é só Inter e Grêmio. Joguei em Minas, mas não tem essa rivalidade. Lá começa a se falar no jogo três dias antes, aí no Sul é um mês antes e a cidade realmente para. É o melhor clássico que tem", compara Nilson.
Nilson lembrou que depois de jogar no Inter, conquistou seu primeiro título em clubes grandes em 1990, pelo Grêmio, quando foi artilheiro do Campeonato Gaúcho daquele ano, mas admite que ficou mais marcado pela passagem no Inter, mesmo sem títulos.
"O torcedor tanto do Inter quanto do Grêmio me trata muito bem e tenho carinho muito grande pelos clubes", afirma.
Quanto ao clássico do próximo domingo (09), Nilson acha que o Inter leva uma ligeira vantagem sobre o Grêmio depois de quebrar o tabu de nunca ter vencido o Santos na Vila Belmiro.
Ouça a entrevista com Nilson: