Givanildo de nascimento, "Hulk" desde criança. Atacante da confiança de Felipão na Copa de 2014, o atleta do Zenit concedeu entrevista à Rádio Gaúcha neste sábado (ouça aqui). Falou sobre a sua carreira, o início da temporada 2014/2015 na Europa, a preparação da Rússia para a Copa de 2018 e, claro, sobre o desempenho da Seleção Brasileira no mundial disputado este ano. O esportista começou a entrevista explicando a origem do apelido.
"Desde que eu tinha 3 anos de idade ficava imitando o Hulk, dizia que eu tinha força e meu pai falou que a partir daquele momento ia me chamar de Hulk. Apelido está aí até hoje", revelou.
Natural de Campina Grande, na Paraíba, chegou à Seleção Brasileira pela primeira vez em outubro de 2009 para um amistoso contra o time da Inglaterra. O Brasil saiu vencedor com gol marcado por Nilmar no primeiro minuto do segundo tempo. Hulk entrou na partida aos 21 minutos da segunda etapa no lugar de Luis Fabiano (Ouça o gol com a narração de Marco Antônio Pereira). O técnico Dunga havia chamado apenas quem atuava no exterior. Hulk, na época, atuava pelo Porto, de Portugal, e recebeu a primeira oportunidade dada pelo comandante. Agora, na primeira convocação do ídolo colorado desde o retorno ao comando da Seleção nacional (Ouça a convocação aqui), o atleta foi chamado novamente.
"Ele me chamou e realizou um sonho meu, que era vestir a camisa da Seleção. Hoje, passados quatro, cinco anos, o Dunga volta a me chamar na primeira convocatória dele. Então, fico feliz por isso e é aproveitar a oportunidade pra continuar vestindo a camisa da Seleção Brasileira", agradeceu.
Hulk hoje atua pelo Zenit da Rússia. Em 2018, a Copa do Mundo será disputada no país em que mora desde 2012, quando se transferiu. Hoje com 28 anos (terá 32 no próximo mundial), o atacante sonha em voltar a disputar o campeonato.
"Vou fazer de tudo pra poder representar o Brasil nessa Copa do Mundo de 2018. Vou me cuidar bastante, cuidar da saúde e aproveitar todas as oportunidades pra poder voltar a disputar esta competição, que é maravilhosa. Principalmente aqui na Rússia, já estou entrando na terceira temporada. Estou bem aqui, muito adaptado e ficaria muito feliz em jogar essa Copa aqui", deseja.
A respeito do mundial de 2014, Givanildo disse não saber direito o que aconteceu dentro de campo. O jogador revelou a frustação do elenco durante a partida em que o Brasil foi goleado pelo placar de 7 a 1 (Ouça os gols com a narração de Pedro Ernesto Denardin).
"Ninguém sabe o que se passou. Seleção tinha um objetivo de ser campeão e um passo antes de chegar na final a gente perde daquela forma. Perder de 7 a 1, ninguém imaginava aquilo. Por alguns instantes, achava que estava até sonhando, que não estava acontecendo aquele jogo. Queríamos ficar marcado por algo positivo, mas infelizmente ficamos marcados pelo negativo. Toda comissão, todos os jogadores, todo mundo. Todo mundo assumiu e está ciente que nós mesmos erramos", definiu.
Apesar do resultado elástico, o atacante revelou que uma partida como essas pode, sim, motivar o atleta.
"Se a gente ganha, quer ganhar de novo, já sabe como é. Mas quando você não ganha, você quer ir atrás e vai com mais fome ainda pra poder ganhar. É desta forma que eu estou e que todos os brasileiros estão também. Perdemos em casa, não queríamos ter perdido, mas agora é levantar a cabeça, continuar trabalhando e voltar mais forte. É nos momentos mais difíceis que a gente cresce", finalizou.
Ouça a entrevista de Hulk no Planeta Bola
Ouça o gol de Nilmar com a narração de Marco Antônio Pereira
Ouça a convocação de Dunga no último dia 19