Tatu
Perguntado sobre a possibilidade de explorar a baixa estatura do time do Chile, o técnico Luiz Felipe Scolari, buscou nos seus tempos de zagueiro do Caxias um exemplo de que tamanho não é documento e ainda pediu o testemunho do repórter Sérgio Boaz, da Rádio Gaúcha. “O Serginho pode confirmar que nós, no Caxias tínhamos o Paulo César Tatu, um meio-campista que tinha um metro e setenta, mas fazia muitos gols de cabeça em função do posicionamento”, lembrou Felipão, não admitindo vantagem com jogadores mais altos que os chilenos. Depois da entrevista uma verdadeira romaria de colegas foi ao encontro de Boaz para pegar detalhes sobre o time caxiense da década de 70.
Veja a tabela dos jogos da Copa do Mundo
Guia das cidades-sede: confira dicas sobre as capitais da Copa
Veja o guia alfabético das maiores personalidades dos mundiais
Choro
O zagueiro Thiago Silva quase se deixou trair pela emoção na entrevista coletiva. Ao lado do técnico Luiz Felipe, começou a descrever o sentimento de quem não consegue se desligar da responsabilidade de jogar uma Copa do Mundo. Ele contou que há três anos já pensa com ansiedade no mundial. “Não tem como virar uma chave e parar de pensar. Vai crescendo a emoção”, resumiu antes de olhar para o lado e “...e aí a gente vê um cara como este aqui do lado (Felipão), que sabe dos problemas pessoais que passou e que fica sempre nos botando prá cima, nem é bom falar. Sou meio chorão e já vi que vou acabar chorando”, completou. A entrevista terminou ali e Thiago, claramente emocionado, ganhou um tapinha carinhoso do comandante.
Passeio
Não houve treinamento de reconhecimento do gramado do Mineirão. A preservação do gramado foi o motivo alegado para não haver treinamentos para Brasil e Chile. Simbolicamente Luiz Felipe e o capitão Thiago Silva entraram caminhando no campo acompanhados do assessor de imprensa Rodrigo Paiva. Em pouco minutos olharam o estádio, trocaram algumas palavras e viram que está tudo bem para o jogo.
Falou grosso
A maior surpresa da entrevista coletiva da véspera de Brasil e Chile foi a intervenção do assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva quando o assunto foi arbitragem. Um repórter chileno perguntou a Felipão e a Thiago Silva o que eles achavam de declarações dos jogadores Alexis Sanchez e Valdívia, bem como do presidente da Federação Chilena de Futebol sobre um caráter localista que pode influenciar o inglês Howard Webb, juiz da partida. Antes que qualquer um respondesse, Paiva pediu a palavra e indignado falou: “ Vamos falar uma única vez sobre este tema que é primitivo e imaturo. Estamos acompanhando as declarações feitas e divulgadas pela imprensa chilena e quero deixar claro que não vamos mais nos referir a este assunto por julgá-lo um desrespeito não só com o futebol brasileiro, mas com o povo brasileiro. Esta é a posição da CBF e não vamos mais falar sobre isto”. Assunto encerrado.
Comilão
O Brasil está passando por dias de mudanças alimentares em função do jogo à uma da tarde. Tem macarronada e purê no café da manhã, almoço às cinco da tarde e outras adaptações. Indagado sobre quem come mais na Seleção, o centroavante Fred não pestanejou: “Esta eu vou deixar na conta do Hulk. O cara é forte, mas também...o que come é brincadeira.”
Preocupação
David Luiz fez uma ressonância magnética na manhã de sexta-feira. Ele foi o segundo jogador a se submeter a exames fora da concentração nesta Copa. O primeiro foi Hulk, em Fortaleza, antes da partida contra o México. No caso do atacante, não foi constatada lesão, mas ele acabou de fora do jogo. Em relação ao zagueiro, novamente o resultado não aponta nada de grave, mas sua escalação corre riscos, algo que nunca passou pela cabeça de Felipão e dos jogadores. David é importante tecnicamente, mas também é fortíssimo como líder, sendo uma espécie de mentor do grupo, com influência muito grande até no capitão Thiago Silva. Se ele não jogar, Dante será o titular.
Tranquila
Belo Horizonte em nada lembra a cidade conflituada de um ano atrás quando o Brasil enfrentou o Uruguai na Copa das Confederações. Foi na capital mineira uma das maiores manifestações de protesto durante a competição. Houve confrontos entre manifestantes e policiais muito perto do estádio e no centro, com muitos atos de vandalismo. A quebradeira e a baderna impressionaram mais do que em outras sedes da competição. Antes, durante e depois de Brasil x Chile, nada é esperado em termos de tumultos. O número de policiais foi reforçado e os movimentos de protesto perderam a força.
Taça do Mundo – Rodrigo Paiva – Assessor de imprensa da CBF foi veemente e, com voz oficial, rebateu as insinuações chilenas de que a arbitragem poderia ajudar o Brasil no confronto deste sábado.
Troféu Abacaxi – SESC Venda Nova – O local do treino do Brasil em Belo Horizonte é muito bonito e oferece todas as condições técnicas, mas fica localizado numa região distante do centro, de difícil acesso e pouco conhecida pelos próprios habitantes de Belo Horizonte. Depois de passar por muitas ruas estreitas e caminhar outro tanto, centenas de jornalistas ainda tiveram que esperar por muito tempo de pé junto ao portão para abertura do treinamento.