Ao contrário do que todos esperavam, o técnico não apareceu. Depois de perder para a Alemanha por 2 a 1 na prorrogação, nesta segunda-feira (30), no Beira-Rio, o treinador Vahid Halilhodzic provavelmente deixará o comando da Argélia. Nem mesmo na coletiva para a imprensa, ainda em Porto Alegre, o bósnio quis comparecer. Em seu lugar, dois jogadores: o goleiro M’Bolhi e o zagueiro Bouguera. Pelo jeito, o choro de Halilhodzic no gramado do estádio depois do jogo foi seu último gesto à frente do futebol argelino.
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A ausência do técnico, no entanto, não escondeu a sensação de extremo orgulho do país africano com o desempenho no Brasil. Eleito melhor em campo na eleição da Fifa pela internet, o goleiro M’Bolhi é um dos atletas da Argélia que deu a volta por cima na Copa. Criticando antes do Mundial, ele chegou a ser parabenizado pelos jornalistas argelinos pelo seu desempenho em campo diante da Alemanha.
O goleiro evitou fazer polêmica e reafirmou que o jejum entre nascer e o pôr do sol, no período do Ramadã islâmico, é uma escolha pessoal de cada jogador. Sobre o jogo e o cansaço demonstrado pelos jogadores argelinos, especialmente na prorrogação, M’Bolhi disparou: “A questão não foi física. Estávamos preparados para enfrentar esse tipo de partida”.
Apesar de mostrar muita decepção pelo resultado final, o melhor em campo contra a Alemanha evitou lamentar a derrota: “Não sei muito bem. Enfrentamos uma Alemanha muito forte e estamos muito decepcionados com a derrota, mas não sei dizer o que faltou”, afirmou.
Assim como o zagueiro Bougherra, o outro jogador argelino que compareceu à entrevista coletiva no Beira-Rio, M’Bolhi ressaltou o orgulho com a campanha durante a Copa: “Escrevemos a história do futebol da Argélia. Agora, vimos que é possível jogar em alto nível e que podemos melhorar”.