Até esta quinta-feira, pelo menos três reuniões já foram realizadas pela Promotoria do Meio Ambiente para tentar encontrar uma solução ao impasse da remoção de entulhos depositados ao lado do estádio Beira-Rio. No entanto, ainda não houve definição sobre quem irá retirar o material que impede a construção de 900 vagas de estacionamento na área que fica entre o estádio Beira-Rio e o Viaduto Pinheiro Borda. Destas, 100 vagas seriam destinadas pela Fifa a portadores de necessidades especiais.
O posicionamento dos envolvidos se mantém o mesmo desde o início: a direção do Internacional diz que não tem responsabilidade sobre o que não está dentro do terreno do clube; a Andrade Gutierrez alega que o material já estava no local antes de iniciar a reforma do Beira-Rio; e a Prefeitura defende que não irá remover os entulhos, haja vista que são oriundos das obras do estádio colorado.
Na semana passada, a Administração Municipal enviou um comunicado ao Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo alertando para o risco de não haver tempo hábil para a construção do estacionamento. A partir de então, a Prefeitura se comprometeu na busca de alternativas para suprir a ausência das vagas; no entanto, faltando 28 dias para o início dos jogos, ainda não há, por parte do município, a definição sobre onde ficarão os veículos que utilizariam o estacionamento ao lado do Beira-Rio.
A remoção dos 23 mil metros cúbicos de entulhos, segundo a Prefeitura, superaria R$ 1 milhão. Sem a liberação de toda a área, apenas 500 vagas de estacionamento, das 1,4 mil previstas, poderão ser construídas no local pelo Município, que removeu os entulhos resultantes da demolição da Escola de Samba Praiana, um ponto comercial e uma casa de abrigo da Prefeitura, que ficam à beira da Av. Padre Cacique.
Gaúcha
A 28 dias da Copa, Prefeitura não tem alternativas para ausência de estacionamento
Até agora, reuniões no Ministério Público não resolveram impasse sobre retirada de entulhos ao lado do estádio colorado
Cristiano Goulart
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