Como escalar tantos craques de uma mesma posição em uma equipe? O técnico deve escolher alguém para ficar no banco, ou acomodar todos? Na Copa do Mundo de 1970, o técnico Zagallo optou pela segunda alternativa. E deu certo. Pelé, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão e Rivellino compuseram um sexteto fenomenal, que conduziu o Brasil rumo ao Tri. Mesmo que alguns tivessem que executar funções diferentes das que estavam habituados.
“Eu queria jogar, mas não achava que iria atuar na ponta-esqueda. Ali tinham dois jogadores fantásticos, o Edu e o Paulo Cézar. Aí no último jogo antes da viagem o Admildo Chirol (preparador físico) me chamou e contou. Aí o Zagallo confirmou e disse que me daria liberdade. Me adaptei e cheguei ao México como titular. O Zagallo foi importante neste aspecto, em colocar vários jogadores de qualidade juntos, sem ninguém se atropelar. Acho que vai ser difícil aparecer uma seleção igual “”aquela de 70”, conta Rivellino.
Na Copa de 74, Rivellino esteve presente na Seleção que perdeu para a seleção da Holanda e seu histórico Futebol Total. “Foi uma seleção revolucionária. Eles tinham um jogador genial, o Cruyff. Girava tudo em cima dele. Ele fazia o time jogar. Naquela época, não existia a globalização de hoje. Por isso, o time me pegou de surpresa quando eu vi lá. Eu olhei e disse: ‘o que é isso?’. Pelo o que aquele time holandês apresentou, deveria ter sido campeão do mundo”, exclamou o ex-atacante.
Roberto Rivellino nasceu em São Paulo em 1º de janeiro de 1946. Foi um dos destaques da Seleção Brasileira na conquista do tricampeonato mundial na Copa do Mundo de 1970, no México. Nos Mundiais seguintes, em 1974 e 1978, herdou a camisa 10 de Pelé.
Assista vídeos do jogador:
Gols de Brasil 4 X 1 Tchecoslováquia, na Copa do Mundo de 1970. Após sair atrás no marcador, Rivellino marcou o primeiro gol do Brasil
Lances de Rivellino em jogo contra a Holanda, a histórica Laranja Mecânica, na Copa do Mundo de 1974
Lances de Rivellino em jogo contra a Inglaterra na Copa do Mundo de 1978
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