O jogo não foi no Pacaembu e sim em Taguatinga, no Distrito Federal, cidade 1.479 Km distante da capital paulista. Mas parecia, guardada as devidas proporções, que o Corinthians estava em casa. E a ajuda vinda das arquibancadas do Serejão ajudou a equipe paulista a superar o Atlético-GO, neste domingo, por 2 a 0, em duelo válido pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro, e que decretou o rebaixamento do Rubro-Negro goiano para a Série B de 2013.
Com o resultado, o Atlético se manteve com 23 pontos e na 20ª e última posição. Faltando apenas quatro rodadas para o término do Brasileirão, o Dragão não tem como alcançar o Bahia, o primeiro time fora da zona do rebaixamento, com 37 pontos, e que ainda entra em campo neste domingo - diante da Portuguesa, no Canindé. Já o Corinthians, pensando apenas no Mundial de Clubes, chegou aos 50 pontos e agora ocupa, momentaneamente, a sétima posição.
O jogo
Tite deixou claro que utilizaria os cinco últimos jogos do Corinthians no Campeonato Brasileiro para preparar o Timão projetando a disputa do Mundial de Clubes, em dezembro. Por isso, o Timão teve força máxima diante do Atlético-GO. Apenas Guerrero, suspenso, não teve condições de jogo - Danilo e Emerson, lesionados, já não atuariam.
O fato de não ter um jogador como referência no ataque - esquema que fez a diferença na conquista da Libertadores - não impediu o Corinthians de tomar para si as rédeas do jogo desde o apito inicial de Dewson Fernando Freitas da Silva. Apoiada pela grande presença de torcedores no Serejão, a equipe paulista não teve dificuldades para envolver o já combalido Atlético, que entrou em campo sabendo que evitar o descenso para Série B era algo praticamente impossível.
Martínez, que havia se queixado, em entrevista coletiva durante a semana, sobre o fato de não ser titular - colocando a sua permanência no clube em 2013 como dúvida -, aproveitou muita bem chance de começar o jogo e foi um dos melhores no primeiro tempo. Assim como Jorge Henrique e Romarinho, ele usou e abusou da sua velocidade e criou boas oportunidades de gol, apesar de não ter sido efetivo - o hermano se destacou nos dribles e nos desarmes: foram três certos em cada quesito.
O Atlético, por sua vez, demorou para "entrar" no jogo. Após ser completamente dominado nos primeiros minutos, o Dragão, logo na sua primeira finalização, aos 27 minutos, acertou a trave direita de Cássio com Felipe. Foram seis arremates da equipe goiana na primeira etapa. No entanto, nenhuma delas resultou em gol.
Segunda etapa
E não que o "reclamão" do Martínez foi o autor do primeiro gol do jogo. Logo aos oito minutos do segundo tempo. Após assistência de Paulinho, o argentino apareceu cara a cara com Márcio e só teve o trabalho de tirar do alcance do camisa 1 atleticano. Gol da justiça pelo futebol apresentado pelo hermano até então.
O gol surtiu o efeito contrário ao imaginado. O ritmo do jogo caiu. O Corinthians, apesar de não apresentar a volúpia de minutos antes, teve duas boas chances de gol. Romarinho e Paulinho desperdiçaram.
O Atlético ensaiou uma pressão, teve gol bem anulado - Patric estava em posição de impedimento - e pressionou o Corinthians, mesmo com as suas limitações. Só que a equipe paulista soube conter parte das investidas do rival e, mesmo sem apresentar um futebol vistoso após abrir o placar, ainda chegou ao segundo gol, aos 45 minutos, com Guilherme. Fim de jogo e queda do Atlético para a Segundona confirmada.