Diante da magnitude do Superclássico, todos os jornais argentinos trazem em sua capa a repercussão da vitória magra do Boca Juniors na Bombonera, que não evitou uma nova classificação do River Plate. Assim, o time de Marcelo Gallardo é muito festejado pela imprensa local, que enfatiza, nesta quarta-feira (23), os feitos de uma geração que agora espera por Grêmio ou Flamengo para definir o campeão da Libertadores de 2019.
Em um tom mais sóbrio, o Clarín é direto em sua manchete: "Outra vez, River deixou Boca fora da Libertadores". O La Nación, por sua vez, publica: "River sempre festeja contra Boca". Porém, o tom mais ácido ficou por conta dos veículos esportivos. O canal Fox Sports da Argentina, por exemplo, postou na legenda de seu debate: "River atirou sal na ferida do Boca e é outra vez finalista". Mas, sem dúvidas, o mais enfático foi o Diário Olé.
"A quinta de Muñeco", estampa a capa do principal jornal esportivo do país, citando o apelido do técnico Marcelo Gallardo. O título faz referência às cinco vezes em que o seu River eliminou o maior rival: na semifinal da Copa Sul-Americana de 2014, nas oitavas da Libertadores de 2015, na final da Supercopa Argentina de 2017, na final da Libertadores de 2018 e agora. Para ilustrar esta superioridade, a primeira página do diário sentencia que "Gallardo já é muito mais do que um pai do Boca" e acentua a provocação: "Os tem como neto".
Mais adiante, o jornal também destaca que, graças à classificação alcançada na Bombonera, o técnico igualou outros dois treinadores históricos, que já disputaram três finais de Libertadores: Luis Cubilla e Carlos Bianchi. O primeiro, campeão com o Olimpia, do Paraguai, em 1979 e 1990, e finalista em 1989, quando perdeu para o Atlético Nacional de Medellín. O segundo, que levou o Boca Juniors a quatro decisões (2000, 2001, 2003 e 2004, perdendo apenas a última), e outra que venceu com o Vélez Sarsfield (1994).