Convocado para defender a seleção principal do EUA, o meio-campista Johnny, do Inter, concedeu entrevista coletiva na tarde deste domingo (15) para falar sobre como tem sido a experiência de trabalhos com o técnico Gregg Berhalter. Longe do Beira-Rio desde o dia 7 de novembro, o atleta de 19 anos encontrará um ambiente totalmente diferente daquele que existia quando embarcou para Europa.
— Os treinos têm muito em comum com o que eu fazia no Inter. Tenho acompanhado direto as mudanças que estão acontecendo no clube. Ano passado, quando fui convocado para o sub-23, ocorreu a mesma coisa. No momento, a gente vem brigando em três competições. São torneios difíceis. A gente valoriza o trabalho do Coudet e a importância que ele teve, mas foi uma opção dele. O Abel vem com uma responsabilidade grande. Mas ele é muito vitorioso e vai agregar muita experiência — comentou.
No radar da seleção para participar da formação da base que deve disputar a Copa do Mundo do Catar, Johnny comemorou o fato de estar compartilhando experiência com atletas jovens que têm experiência no futebol europeu. Além disso, se disse surpreendido de ter feito sua estreia com a seleção estadunidense antes do esperado.
— Está sendo muito especial para mim. É uma oportunidade única. A realização de um sonho. Eu, sinceramente, não esperava que fosse tão rápido. Estou sempre dando o meu máximo nos treinamentos e aproveitando para dividir isso com os jogadores jovens e renomados da Europa, como o Sergiño Dest, do Barcelona. Com isso, eu ganho experiência —revelou o meia que completou:
— Eu tenho que aproveitar para acrescentar tudo de positivo. Tiro um pouco de cada jogador, de cada escola do futebol da Europa que eles vêm. Eu saio daqui com um aprendizado muito grande, tanto pessoal quanto profissional. Com certeza, vou voltar ainda melhor.
Projetando uma participação na Copa do Mundo de 2022, Johnny explicou um pouco de como tem sido o planejamento dos EUA visando a competição.
— Sempre sonho em disputar uma Copa. É uma oportunidade que eu posso ter vestindo a camisa dos EUA. Mas para isso, preciso dar o meu máximo e render dentro do meu clube. Vou treinar para isso. A seleção vem montando uma base muito nova, com média de 22 anos. Com o tempo, a gente vai brigar pelo título da Copa do Mundo — projetou.
Questionado sobre a opção de defender a seleção dos EUA e não a Seleção Brasileira, Johnny deixou claro que está totalmente concentrado na seleção norte-americana. Porém, recordando a sua relação com o país, também deixou claro que está atuando pelo selecionado que se interessou por seu futebol.
— Tudo começou com a vinda dos meus pais. Mas eu nasci na época do atentado do 11 de setembro logo minha família voltou para para o Brasil. Sempre tive um gostinho americano e a vontade de voltar. Sobre defender Brasil ou EUA, temos que escolher quando temos mais de uma opção. No momento, só os Estados Unidos me convocaram, então, a minha cabeça está toda com a seleção estadunidense — finalizou