O diretor-executivo de futebol do Inter, Rodrigo Caetano, lamentou a lesão do atacante Paolo Guerrero. O camisa 9 vivia, segundo o dirigente, um dos melhores momentos individuais na equipe. Em entrevista ao Show dos Esportes, na Rádio Gaúcha, nesta terça-feira (18), Caetano projetou as dificuldades para buscar uma reposição para o peruano no ataque colorado, ressaltando a complexidade da procura.
— O Inter vai tentar buscar uma reposição, mas corre o risco de não encontrar nenhum nome que seja consenso internamente, pelo menos até outubro. Aí, no meu modo de entendimento, pode haver mais possibilidades em mercados sul-americanos — declarou, sempre reafirmando a necessidade de contratar um outro atacante:
— Vamos analisar as possibilidades, reduzidíssimas, e vocês sabem que nesses casos o mercado nacional inflaciona mais que o internacional. Vamos seguir conversando internamente buscando uma alternativa para essa reposição, já sabendo que é muito difícil que ela ocorra no nível de Guerrero, do que ele vinha realizando em campo e do que ele representa para a torcida.
Negócio de ocasião
Antes da lesão de Guerrero, uma manobra de Rodrigo Caetano e Alessandro Barcellos garantiu que Yuri Alberto, 19 anos, virasse jogador do Inter. O atacante vai para o segundo jogo com possibilidade de atuar. Depende de Eduardo Coudet escalá-lo ou não para o confronto com o Atlético-GO, nesta quarta-feira (19).
— Independentemente do aproveitamento do Yuri, no começo da partida ou ao longo dela, ele é mais um que vai disputar vaga no setor ofensivo. Quando o trouxemos era para aumentar o número de opções ali — afirma o dirigente.
Prata da casa
Alexandre Pato, 31 anos, formado na base e lançado no Inter de 2006, atualmente reserva no São Paulo foi cogitado como possível reforço colorado. O atacante é alvo de elogios de Caetano.
— É um atleta de altíssimo nível técnico. Onde passou e teve comprometimento, ele respondeu. Em alguns momentos oscilou na carreira, mas ele é jogador do São Paulo — comentou, encerrando o assunto:
— Não temos nenhuma negociação em andamento.
Hora de abrir os cofres?
Rodrigo Caetano diz que a venda de Bruno Fuchs e o eminente acerto com a Turner não melhoram o poder de investimento do clube. O discurso do departamento de futebol segue com tom de cautela e preocupação.
— Sobrevivemos até aqui porque gerenciamos. Durante quatro meses o Inter sobreviveu com praticamente 30% das suas receitas. O déficit existe e ele tem que ser projetado até o final do ano — detalha.