A sequência sem vitória em Gre-Nal segue incomodando os jogadores do Inter. Após mais um revés diante do Grêmio, já são nove jogos sem que os colorados consigam comemorar um triunfo diante dos rivais. Capitão da equipe nos últimos jogos, Víctor Cuesta deixou clara a sua insatisfação com o resultado negativo da noite da última quarta-feira (5).
— Queríamos muito quebrar esse tabu. Estávamos com uma uma grande expectativa. Trabalhamos muito forte e o Coudet havia nos dado todas as ferramentas para ganhar o jogo. Porém, infelizmente, ficamos devendo dentro de campo. Estivemos muito abaixo do que queríamos fazer e saímos de campo com essa derrota que dói muito — comentou o zagueiro, em entrevista coletiva, nesta quinta (6).
Logo após o jogo, os jogadores conversaram no vestiário da Arena e fizeram uma avaliação da atuação em conjunto com a comissão técnica. De acordo com o jogador, o foco agora está totalmente virado para a estreia no Brasileirão.
— O que conversamos, ficará entre a gente. O nosso vestiário é muito fechado. Temos de refletir e todos estão fazendo sua autocrítica. Vamos olhar para frente. Temos feito grandes jogos e temos time para brigar por coisas importantes nesse ano — afirmou.
A dupla com Bruno Fuchs também foi tema da coletiva. Questionado sobre a possibilidade de se sentir mais seguro ao lado de Rodrigo Moledo, combinação que foi destaque na temporada de 2019 no Brasileirão, Cuesta mostrou toda sua confiança no zagueiro oriundo da base colorada.
— Eu reconheço que, defensivamente, estivemos desorganizados no Gre-Nal, mas discordo dessa afirmação. Eu estava entrosado com o Moledo, mas o Fuchs também tem feito grandes jogos. É um guri de muita personalidade, que tem um grande futuro pela frente e eu acredito muito nele. Todo mundo tem culpa no que aconteceu. Estamos devendo na hora do clássico e vamos corrigir para mudar essa história — justificou.
Desde 2017 no Inter, Victor Cuesta foi vice-campeão da Série B e vice-campeão do Gauchão em 2017. Em 2019, também foi titular do Inter no vice da Copa do Brasil contra o Athletico-PR. Quando perguntado sobre se o clube estava se acostumando com as perdas e o tamanho da influência que isso pode ter no vestiário, o zagueiro negou a possibilidade e ressaltou a luta enfrentada pela departamento de futebol para reconstruir o clube após a queda em 2016.
— A gente nunca se acostuma com as derrotas. Não é desculpa, mas estamos em um processo de reconstrução desde a subida da Série B. Todos sabem que as coisas não estão fáceis no clube. Fizemos muita coisa boa desde 2017. Estamos brigando sempre no Brasileirão, nos classificando para as Libertadores, e jogamos uma final de Copa do Brasil que muitos não acreditavam que estaríamos lá. Então, estamos perto. Mas é óbvio que precisamos de um título — finalizou.