Thayná Rodrigues entende de futebol. Aliás, não apenas entende, mas tem o esporte no DNA e na certidão de nascimento. Filha mais velha de Fernandão, a estudante de Jornalismo de 20 anos resolveu enfrentar a timidez e mostrar ao mundo tudo o que sabe.
Há pouco mais de um mês, a ideia de criar um canal no YouTube saiu do papel. O projeto de fazer vídeos comentando assuntos do mundo futebolístico está no ar através do canal 9 É a Dela. Capitão colorado entre 2004 e 2008 e um dos maiores ídolos da história do Inter, Fernandão sempre foi um incentivador dos sonhos da filha.
— Meu pai sempre me apoiou muito. Ele morreu antes de eu prestar vestibular, mas tivemos uma conversa sobre isso. Ele sempre prezou muito os estudos. Independentemente da área que eu escolhesse, ele iria apoiar. Acho que ele estaria orgulhoso, sim. Eu venci a timidez, tinha muito medo de dar errado. Coloquei a cara a tapa — afirma Thayná.
A ideia era planejada por Thayná desde o ano passado, mas o medo dos haters (termo usado para classificar pessoas que postam comentários de ódio na internet) atrasou um pouco o projeto. Até que um trabalho da faculdade foi o incentivo que faltava para ela dar o passo à frente. O nome, é claro, está relacionado ao número que Fernandão usou por toda sua carreira.
— O gosto do futebol eu peguei dele. Desde pequenininha, por influência do meu pai, só usava camisas com o número 9. Quando criei o canal, muita gente elogiou o nome. A maior motivação foi pelo gosto por futebol e por trabalhar com jornalismo esportivo. Deu muito certo, todo mundo elogia — revela.
Toda a produção dos vídeos é feita pela própria Thayná, que conta com o apoio e suporte dos amigos, como Janaína, com quem discute as pautas que serão tratadas, e Roberta Nina, do site Dibradoras, que incentivou a criação do canal. A divulgação é por meio das redes sociais.
Assim como o pai, que se preparava para ser comentarista na Copa do Mundo de 2014 antes da queda de helicóptero que tirou sua vida, a futura jornalista tem o objetivo de cobrir um Mundial, seja como repórter ou como youtuber.
— Eu quero trabalhar com jornalismo esportivo e quero que o canal fique grande e dê certo. Quando o criei, foi com essa intenção. Mas meu maior sonho é ir a uma Copa do Mundo como jornalista. Pode ser pelo canal ou por alguma emissora de TV — finaliza.