O volante Elias esteve próximo de chegar a Porto Alegre e reforçar o elenco do Inter para a temporada de 2019. O próprio jogador confirmou o acerto com a diretoria colorada. O que faltou? A liberação do Atlético-MG, que antes havia liberado o atleta para negociar com outras equipes. Com contrato até o fim de janeiro de 2020 com o clube mineiro, o jogador concedeu entrevista após o empate em 1 a 1 no clássico diante do Cruzeiro e falou que faltou respeito por parte da diretoria do clube de Belo Horizonte.
Aos 33 anos, Elias ainda não foi procurado pelos dirigentes do Atlético-MG para a sua renovação. Segundo o volante, ele foi oferecido pelo clube mineiro para outras equipes do Campeonato Brasileiro e autorizado a acertar a sua saída. Quando fechou o contrato com o Inter, os mineiros inviabilizaram a concretização da transferência.
— O clube tem o direito de oferecer jogador, de não querer renovar ou querer esperar, que agora é hora de esperar, mesmo com um ano de contrato. Eu entendo, mas poderia ser feito de outra forma. O clube me ofereceu para o Inter e outros clubes e deu autorização para que eu pudesse negociar. Acertei com o Inter, criei uma expectativa, e depois o presidente achou melhor não fechar o negócio e inviabilizou. É um direito que ele tem, mas que seja feito com clareza e respeito ao atleta, que é bastante comprometido com a equipe. Poderia ter conversado comigo, falar que ofereceu, mas agora é outra situação. Eu gosto das coisas claras. Eu sou muito sincero naquilo que eu penso e vou continuar sendo, porque esse é o meu caráter - comentou o jogador enquanto deixava o Mineirão.
Apesar disso, Elias se disse feliz no clube. Porém, admite que faltou respeito por parte do presidente Sérgio Sette Câmara ao conduzir a negociação.
— Estou feliz. Quem acompanha o treinamento sabe o quanto eu brinco e sou respeitado. O quanto eu respeito os companheiros. Estou triste por como fui tratado e toda a situação. O clube tem todo direito de oferecer o jogador e não querer renovar. O clube tem o direito, e a gente tem que respeitar, mas por eu ser um líder e um profissional correto, por ter ficado na reserva sem reclamar ou feito biquinho, acho que tinha que ter tido um pouco mais de respeito. Pela história que tenho no futebol. Sempre estou ajudando a equipe e queria um pouco de respeito. O clube tem o direito de fazer o que quiser com o jogador, desde que seja tratado com a verdade, olho no olho. Isso resolve com palavras — finalizou o jogador.