Houve influência gremista na decisão do presidente do Inter, Marcelo Medeiros, de concorrer à reeleição. No início da temporada, o dirigente colorado garantia que estava em seu último ano de mandato e que deixaria o cargo ao final de 2018, uma vez que havia cumprido a missão de recolocar o clube na primeira divisão. Isso não aconteceu e, no último sábado (8), ele foi reeleito com mais de 92% dos votos dos associados.
As restrições à reeleição começavam na família. A mãe de Marcelo Medeiros , dona Alzira, havia perguntado em tom de ameaça:
— É o último ano, né?
Conhecedora profunda da história do Inter, por seu pai, seu irmão e seu marido já terem sido presidentes do clube, ela sabia que haveria dificuldade em ter sua ordem atendida.
Medeiros foi pressionado internamente no seu grupo político a permanece — e sempre teve a disposição de seguir, embora as negativas —, mas admite que foi uma conversa com o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, que definiu a situação.
— Foi no início deste ano. Nós estávamos juntos e este amigo (Romildo) me disse que eu havia feito o mais difícil e agora tinha o direito de buscar, com mais tempo, conquistas e realizações maiores no clube. Era hora de trabalhar com mais tranquilidade para completar a missão. Naquela conversa com o Romildo, decidi concorrer.
Marcelo Medeiros e Romildo Bolzan Júnior se conhecem desde os tempos de colégio e têm uma relação de amizade muito sólida, o já que permitiu muitas ações conjuntas da dupla Gre-Nal.