Demorei umas duas sextas-feiras para entender por que parecia que estava esquecendo algo nos meus finais de semana — e nas quartas-feiras também, apesar de este ano termos tido menos jogos no meio da semana. Quando alguém perguntava se eu tinha planos, ficava uns bons minutos tentando lembrar o que era. A verdade é que não estou esquecida, mas, sim, sentindo falta de alguma coisa. De um lugar, para ser mais específica: do Beira-Rio.
Até gosto de encontrar uma gurizada para ir aos jogos do Inter e fazer aquela confusão de churrasco no Marinha e coisa e tal, mas prefiro mesmo é ir sozinha. Gosto de chegar e entrar cedo, de garantir aquele lugar maravilhoso pertinho da bandeira de escanteio, de xingar os adversários todos no aquecimento e de trocar de lado conforme o ataque colorado. Sou uma chata cheia de manias, eu sei, não nego.
Com ou sem chatice, a questão é que o final da temporada de futebol significa um hiato longo demais no ritual de ir ao estádio. E dá muita saudade. É difícil demais ficar longe da arquibancada! Não estou querendo julgar o torcedor que não costuma ir, acho que cada um deve escolher seu jeito de torcer, mas nada se compara a acompanhar uma partida no Gigante, na minha opinião.
Chatice com saudade
Para mim, estar nas arquibancadas, olhar para os lados e enxergar um mar de camisetas vermelhas e brancas, escutar vozes ensurdecedoras cantando juntas e sentir o peito explodir em um gol são algumas das melhores sensações do mundo.
Nem acredito que vou ficar mais um mês inteiro sendo uma chata com saudade de voltar ao meu querido Gigante da Beira-Rio.