Parece nome de samba baiano, mas não, é que virou um jogo de xadrez na cabeça do nosso treinador as boas e novas possibilidades. Quem sai? Quem entra? Muda o esquema ou não? Acho que o Zeca entra na direita e o Lucca no ataque, mas quem sai? Jogaremos com três zagueiros liberando os laterais? Sai o Edenilson ou o Dourado e puxa o Fabiano para líbero? Realmente não sei, mas acho que o Odair já sabe como acomodar essas peças no time colorado.
Uma coisa é certa, vai mudar e vai melhorar. Teremos um jogo difícil no fim de semana contra o Cruzeiro do Mano Menezes, mas com todas as condições de ganharmos a partida. Jogaremos em casa e, mesmo que o torcedor esteja meio desconfiado pelo momento que vivemos, precisamos dele para melhorarmos. E essa é a hora de ajudarmos, fazendo do nosso estádio um diferencial de força.
Busco inspiração para continuar torcendo pelo Colorado, por exemplo, na arte de um construtor. Primeiro, ele escolhe o material para ser trabalhado, depois leva um tempo para colocar em prática sua ideia, e só mais tarde é que verá sua obra tomando corpo e atingindo seus objetivos. Sei que temos pressa por resultados, mas temos que ter calma e muitos cuidados.
Trabalhar com inteligência
Quando aquele imenso furacão varreu Cancún, no México, há alguns anos, a imprensa mundial buscou entrevistar os índios para que eles explicassem como não tinha caído nenhuma oca em suas aldeias. E o cacique respondeu: "Os construtores queriam o visual do mar, de onde veio a ventania. Fizemos como o João de Barro, construímos de costas para o vento."
Vamos fortalecer a nossa base e trabalhar com inteligência a cada dia para vencermos as tempestades. As peças já estão aí, todas elas espalhadas à espera de serem usadas no tabuleiro do Odair.