Foi em Diego que Celso Roth apostou uma de suas três trocas para tentar arrancar um empate diante do líder Palmeiras, no Brasileirão. Há um mês, o atacante de 1m82cm e 22 anos integra o time principal do Inter a pedido do técnico Celso Roth.
Esteve no banco de reservas no clássico Gre-Nal que terminou 0 a 0 na Arena, no último domingo, válido pelo Brasileirão, e entrou no lugar de Aylon, aos 15 minutos do segundo tempo no Allianz Parque neste domingo. Além de seguir à disposição do treinador colorado para a reta final do Brasileirão, o Inter agilizou-se para ter o atacante por mais três temporadas no Beira-Rio.
Reuniu-se no fim de setembro para acertar a ampliação de contrato do jogador para que não tivesse qualquer risco de ele assinar um pré-contrato com outro clube a partir de novembro, já que seu vínculo com o clube colorado terminava em maio do ano que vem.
Apesar da pouca idade, Diego está entre os jogadores experientes que a base do Inter contratou recentemente. A pedido do coordenador do centro de treinamentos Morada dos Quero-Queros, em Alvorada, onde treinam as categorias abaixo do profissional, Vilmar Freitas, o Centro de Avaliação de Prospecção de Atletas (Capa) buscou o atacante na Portuguesa em agosto, onde o atacante jogou nos últimos dois anos.
– Observamos a necessidade por jogadores da posição e buscamos no mercado. Diego é um atacante com projeção. É um jogador com uma potência muito boa, define a jogada rápida, tem poder de conclusão muito forte – explicou Vilmar, afirmando que o Inter monitorava o atleta três meses antes da contratação.
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A decisão por jogar na Portuguesa precisou ser debatida em família. Diego estava na Europa, atuando há um ano e meio no Olhanense, clube na segunda divisão do futebol português. De titular, perdeu espaço para os reforços italianos que o treinador, também da Itália, havia trazido. O mesmo aconteceu quando assumiu um técnico de Portugal, que apostava apenas em jogadores de lá. Havia chegado lá por conta de uma competição que fez nos Estados Unidos, quando defendia o sub-17 do Fluminense. Bastou que um diretor do Olhanense acompanhasse uma partida do guri, natural de Guarujá-SP, para querer levá-lo para reforçar o seu time.
Com o futebol preterido após duas trocas de treinadores, uma proposta para jogar na equipe profissional em um Campeonato Paulista e prestes a completar 20 anos, Diego optou pelo retorno ao Brasil. Era a vitrina que ele precisava para voltar ao seu país natal. E assim aconteceu. Foram 30 jogos, 3 gols no time paulista em 2016 e uma proposta para reforçar o Inter a partir de julho.
Em apenas dois meses, virou titular do Inter B na Copa FGF, onde o time de Ricardo Colbachini foi campeão sobre o Bagé. Fez um dos gols na goleada sobre o Grêmio por 3 a 0 e anotou outro sobre o adversário da final, na vitória por 4 a 1, na fase de grupos.
– O Diego é um atacante de muita qualidade técnica, finaliza bem ao gol, é inteligente e é bastante comprometido taticamente – elogia Colbachini, que trabalhou no período antes de o jogador subir ao profissional.
Agora, entre Vitinho, Sasha e Aylon, Diego terá de buscar o seu espaço entre o time de Celso Roth. Mostrou uma de suas habilidades diante do time de Cuca, com chutes a meia distância, e pode ser uma peça a mais no grupo do Inter a ajudar a equipe a deixar de vez as últimas colocações da tabela do Brasileirão.
Os números
Fluminense (2013)*
2 jogos e nenhum gol
Olhanense (2013-2015)
7 jogos e nenhum gol
Atletico Clube de Portugal (2014)**
4 jogos e nenhum gol
Portuguesa (2015-2016)
50 jogos e sete gols
* Apenas da Copa São Paulo de Futebol Junior.
** Foi emprestado por um ano pelo Olhanense.
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