Para evitar desmobilização, o Inter trocou o treino pelo trabalho psicológico. Com a coach Tânia Zambon, os jogadores viveram uma tarde para unir o grupo, direcionar atenção para a partida contra o Coritiba na quinta-feira, distensionar os atletas e manter a motivação.
A mudança na programação foi decidida na semana passada. Com a criação de um ambiente de decisão, ruas de fogo, apoio da torcida e intensidade no jogo – principalmente no primeiro tempo –, a ordem era impedir que houvesse qualquer tipo de relaxamento. A própria festa ao final da partida, com refletores apagados e Beira-Rio iluminado por celulares, fez parte deste movimento. Tudo para não repetir um equívoco.
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Dias atrás, o Inter viveu uma situação semelhante. Depois de fazer uma "final de campeonato" contra o Santos, o time não teve a concentração e a dedicação necessária para enfrentar o Vitória, e acabou perdendo por 1 a 0. Toda a confiança que aquele jogo contra os paulistas trouxe acabou perdida – e vieram mais derrotas, para América-MG e Atlético-MG no Brasileirão, Fortaleza e Santos na Copa do Brasil.
– Detectamos essa necessidade de fazer uma dinâmica fora do nosso ambiente, para garantir foco total na nossa situação – comentou o vice de futebol Fernando Carvalho.
As atividades duraram praticamente cinco horas, com um pequeno intervalo para lanche. Em um primeiro momento, atletas, comissão técnica e direção estiveram juntos. Depois, a dinâmica foi exclusiva para os jogadores. Divididos em grupos menores, precisaram interagir com os demais, aplicando as situações sugeridas pela coach. Com a exposição, tentavam ficar mais unidos, conhecendo-se melhor.
Um dos pontos altos foi quando puseram para fora o que lhes afligia, com gritos mesmo. Tudo em nome do fortalecimento da questão psicológica e a manutenção da humildade do grupo.
A reação entre os atletas foi avaliada como positiva. Houve aceitação da atividade, principalmente com a troca de ambiente. A vitória contra o Figueirense também ajudou.
Tudo em nome de mais uma final, na quinta-feira.
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