O Inter ingressou na zona de rebaixamento do Brasileirão. Um gol sofrido aos 44 minutos do segundo tempo colocou o clube no Z-4. O empate em 1 a 1 com o Sport deixou a equipe de Celso Roth na mesma turma de Figueirense, Santa Cruz e América-MG.
Quando a partida começou na Arena Pernambuco, o Inter era um dos inquilinos do Conjunto Habitacional Z-4. Ocupava a 17ª posição, à frente apenas de antigos moradores, como Vitória, Santa Cruz e América-MG. O jogo mal havia começado quando Luis Manuel Seijas recebeu na área e, ao tentar tirar Paulo Roberto do lance, sentiu o contato do volante e foi ao chão. O árbitro carioca Grazianni Maciel Rocha apitou na hora: pênalti. Seijas, então, caminhou até a linha de fundo, catou a bola, a colocou sob o braço, e disse:
– Eu bato.
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Logo ele, o venezuelano que desembarcou no Beira-Rio com a desconfiança de quem havia cobrado um dos piores pênaltis da história das Copas Américas, ao cavar na batida e quase recuar a bola para o goleiro argentino Sérgio Romero. Mas para um time que se acostumou a perder penalidades no Brasileirão, quem crucificaria Seijas, caso ele errasse? Pois o meia da Venezuela cobrou com perfeição, enquanto Magrão caía para a direita e a bola corria para o canto esquerdo.
O 1 a 0 fora de casa deixou o Inter mais seguro em campo, enquanto que o Sport se jogava feito louco ao ataque. Tal medida, proporcionou ao Inter contra-ataques em série. Seijas teve duas chances para ampliar, mas perdeu mais dois gols. Os donos da casa trataram de investir contra a área colorada. Danilo Fernandes (contratado ao Sport) fez boa defesa em chute de Edmílson. Em seguida, Gabriel Xavier se jogou na área, alegando pênalti de Ceará. Mas não teve a mesma sorte de Seijas. O árbitro nada marcou. Aos 44 minutos, após um cruzamento de Gabriel Xavier direto pela linha de fundo, a Arena rompeu em vaias. O Sport era pressionado em campo e nas arquibancadas.
– Estamos bem, mas são 90 minutos. Já passamos por isso em Chapecó (o Inter levou o gol no final). Temos que manter a ofensividade e nos fecharmos atrás – comentou Seijas, no intervalo.
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No segundo tempo, o Sport foi todo ataque. O time da casa pressionava de maneira desordenada. Mas quando conseguiu chegar, assustou. Mark González cruzou para Rithely, que perdeu a chance. O curioso é que o Inter passou a levar contra-ataques. Foi então que Celso Roth tratou de fazer com que o Inter voltasse a levar perigo á área adversária, colocando Ariel no lugar do cansado Sasha. E, de cara, o argentino tratou de perder um daqueles gols imperdíveis. Após falha da zaga, Ariel correu com a bola dominada até ficar cara a cara com Magrão. E, em vez de bater um tiro de meta, enquadrou o corpo e chutou com categoria. E fraco. E nas mãos do goleiro.
Apesar do domínio no segundo tempo, o Sport parecia nervoso em campo. Até quando o Inter errava. Em um contra-ataque, Vinícius Araújo ficou cara a cara com Danilo Fernandes, mas o ex-Sport cresceu tanto na frente do atacante que pareceu um monstro. Vinícius concluiu para fora.
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Aos 37, Roth trocou William por Bob. Queria segurar a histórica vitória. Os 10 minutos seguintes, então, foram de pressão total do Sport. E, aos 44 minutos, a sina colorada se manteve viva. O Sport curzou a bola para a área uma vez mais e, dessa vez, a bola entrou. Vinícius Araújo empurrou a bola para dentro do gol, depois de um rebote mal afastado.
O Inter, agora, mora no Z-4.
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