Houve erros de passe nos dois lados, na vitória do Figueirense por 3 a 2 sobre o Inter, em Floripa. Mais do lado do Inter, que encontrou dificuldades para sair jogando no primeiro tempo, encurralado pela marcação alta e forte dos catarinenses.
O Figueirense podia ter matado o jogo antes do intervalo. Danilo Fernandes teve de praticar algumas defesas salvadoras. Rafael Moura perdeu duas chances claras de gol antes do pênalti cometido por Ernando (a meu juízo, acertadamente assinalado) e convertido por Bady.
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No setor de criação, uma providência do técnico Vinícius Eutrópio atrapalhou o Inter. Ele fechou os corredores, fazendo seus atacantes de lado perseguirem William e Artur. Com Alex em tarde pouco inspirada até nos arremates, o Inter pouco criou.
No intervalo, Argel trocou Alex por Anderson. A mudança na escalação veio acompanhada de uma atitude corajosa, de atacar e brigar por cada palmo do campo.
Aos poucos, com a parte física novamente fazendo a diferença em favor do Inter, o jogo foi mudando de figura. O primeiro gol de Vitinho foi consequência disso, a 22 minutos. O Figueirense fez 2 a 1 sete minutos depois, com Ferrugem, que atacou uma segunda bola (rebote) da defesa do Inter. A bola bateu em Rodrigo Dourado e enganou Danilo. O momento, entretanto, era do Inter.
Já com Andrigo no lugar de Paulão, em troca ousada, baixando Dourado para zagueiro, Argel arriscou tudo. Levou o terceiro gol num contra-ataque puxado às costas de William, que Fabinho não conseguiu cobrir. Bady deslocou Danilo, a 35 minutos.
A partir daí só só deu Inter, como uma atitude elogiável. Aquela história de não se entregar pegou forte. Por detalhe o empate, que maneria o time na liderança, não veio. Vitinho fez o segundo do Inter em jogada de Andrigo pela esquerda, a 37. O Figueira reclamou que a bola teria saído na linha de fundo antes do passe de Andrigo, mas me pareceu que o árbitro acertou novamente, assim como no pênalti de Ernando. A bola tem de sair toda.
Os jogadores do Figueirense, cansados, se atiravam ao chão para fazer o tempo passar. O Inter pressionou. Aylon quase definiu em 3 a 3, desperdiçando sem goleiro.
O que se viu foi um ótimo jogo em Floripa, de muitos gols e alternativas. Houve erros de passe e balões, por vezes, mas a marcação forte dos dois lados não impediu a busca pelo ataque.
O Inter perdeu a liderança ao levar 3 a 2 do Figueira, mas mostrou atitude de quem vai brigar pela ponta da tabela até o final do campeonato.
*ZHESPORTES
