Referência em controle antidoping e membro da agência mundial antidoping, o médico gaúcho Eduardo De Rose acredita na que os jogadores do Inter Wellington Martins e Nilton ingeriram as substâncias sem intenção. Segundo ele, é possível que ambos tenham consumido suplementos que continham as substâncias diuréticas sem informar aos médicos do clube.
CBF suspende Wellington Martins e Nilton por doping
Como essas duas substâncias agem?
As duas são iguais, são diuréticos. São dois tipos diferentes. Elas agem eliminando a água, é a ação do diurético. No caso do esporte, é considerado doping por duas razões: pela questão do peso, os esportes de peso. Usa diurético para perder peso, mudar de categoria. O atleta se pesa e está tudo certo. Como tem 24h para a competição, ele toma bastante líquido, eletrólitos, e recupera. É uma fraude nos esportes de peso, no levantamento de peso etc. Uma outra razão é que, às vezes, o atleta toma uma substância proibida e quer eliminá-la mais rápido, e toma um diurético para eliminar. Funciona como agente mascarante.
Onde essas substâncias podem ser encontradas?
Qualquer tipo de suplemento alimentar, como por exemplo, vitaminas, aminoácidos. Como não são remédios, não têm todos os componentes especificados. E, na maioria das vezes, o jogador nem sabe que determinado produto contém essas substâncias diuréticas. Acredito, inclusive, que é isso que tenha acontecido com os dois volantes do Inter. É o caso do Romário, que passou uma loção para o cabelo e testou positivo.
Em defesa
Médico especialista acredita que doping de volantes do Inter não foi intencional
Cãibras e diminuição de performance estão entre os efeitos colaterais causados por diuréticos, segundo o membro da Agência Mundial de Antidoping, o médico gaúcho Eduardo De Rose
Amanda Munhoz
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