Dez dias para treinar não foram suficientes para o Inter apresentar melhoras em relação a si mesmo no Brasileirão. Apequenado em Belo Horizonte, o time de Argel perdeu por 2 a 1 para o Atlético-MG e viu se esvair cada vez mais as chances de conquistar uma vaga entre os quatro da Libertadores de 2016. Com 44 pontos, o Inter segue em oitavo e pode ver Flamengo, São Paulo, Santos e Palmeiras ampliarem para a diferença na luta pelo G-4.
O Inter foi mal no primeiro tempo no Independência e a estratégia adotada por Argel em Belo Horizonte não deu certo. Os gaúchos fecharam-se esperando o Atlético-MG de forma perigosa. Primeiro porque o vice-líder do Brasileirão superou os 60% de posse de bola nos 45 minutos iniciais - e o contra-ataque tão sonhado pelo Inter não veio.
Para piorar a situação dos colorados, Marcos Rocha e Luan abusaram de jogar às costas de Ernando, isolado na marcação após a intermediária defensiva, e Giovanni Augusto e Thiago Ribeiro venciam a maioria das investidas em cima de Léo. Enquanto o Atlético-MG atacava em bloco e chegava com quatro, às vezes cinco, jogadores à frente de Muriel, o Inter precisou de 10 minutos de partida para passar da linha divisória do gramado com troca de passes.
O gol do Atlético-MG saiu com 16 minutos de partida. Rodrigo Dourado, em partida atípica, abriu demais os braços dentro da área e a bola tocou em seu antebraço esquerdo: foi o chamado pênalti de concurso, bem assinalado por André Luiz de Freitas Castro. O time de Levir Culpi não ampliou por detalhe aos 30 minutos, quando Thiago Ribeiro chutou rasteiro à esquerda de Muriel e aos 34, em jogada de velocidade de Giovani Augusto, que deixou Réver sentado e mandou na trave do goleiro colorado.
Com produção pífia no jogo, só a bola parada poderia salvar o Inter no Independência. Aos 38 minutos, Anderson cobrou escanteio da esquerda, e Paulão subiu sozinho para deslocar Victor e igualar o placar.
- Nossa equipe conseguiu um pouco de posse de bola. Tomamos gol de pênalti, mas nossa equipe conseguiu voltar para o jogo e fez um gol de bola parada. Trabalhamos muito e fomos felizes no gol - resumiu o zagueiro, no intervalo.
A etapa final trouxe mais do mesmo: um Atlético-MG impetuoso ao ataque e o Inter com as fichas para a bola do jogo. Aos 4, Lucas Pratto entrou a dribles pela direita e cruzou para Paulão afastar. Dois minutos depois, Douglas Santos assustou com um chute que explodiu na zaga.
Argel tentou ser agudo e dar velocidade ao Inter com Vitinho, aos 18 minutos, mas foi o Atlético-MG que chegou ao gol com 24 minutos. Leandro Donizete lançou Douglas Santos, o lateral chutou forte, de primeira, Muriel espalmou para o lado e a bola sobrou nos pés de Marcos Rocha.
Alisson Farias e Rafael Moura ainda foram a campo mas nada conseguiram fazer no Horto. O Inter que tinha nas oitavas da Libertadores a boa recordação do Independência, sai de Belo Horizonte cabisbaixo e, em outubro, com sensação de fim de temporada. A calculadora é a melhor amiga dos colorados a partir de agora.
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