Argel é um sujeito intenso. Não faz gênero, é assim mesmo. Lembro-me de ter participado de um programa na TVCOM com ele. Desci o Morro Santa Teresa um tanto impressionado. Achei que a inquietação na beira do campo e as frases de efeito fizessem parte de um personagem. Não faziam. Elas são da essência de Argel.
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Mas acho que os primeiros movimentos do técnico no Inter passaram um tanto do ponto. Orientar os jogadores reservas a cantarem o hino me parece exagero. Assim como forçar todos a ficarem sentados enquanto o último não se levantar da mesa nas refeições. Proibir o celular nos almoços e jantares está longe de garantir que todos vão conversar à mesa.
Argel é um técnico disciplinador, mas essas imposições geram dissabores desnecessários. O caminho do seu sucesso no Inter, na minha modesta opinião, passa por conquistar o grupo. E impor regras em série pode atrasar isso. Ainda mais em um vestiário cheio de cascudos e vaidades como o do Beira-Rio.
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Sobre o time, Argel surpreende ao trocar Juan por Paulão. Mesmo aos 36 anos, Juan é um zagueiro craque. Aliás, só estende sua carreira por ser de extrema classe e contar com precisão de relógio suíço. Sofre com o desgaste de jogos, é verdade. Também sua velocidade ficou lá atrás. Talvez esteja aí a razão para Paulão ser titular contra o Ituano. Com esquema mais aberto, que pretende usar em casa, é preciso um zagueiro de mais dinâmica. Vejo apenas por aí a decisão de abrir mão de Juan, que além de ser o melhor zagueiro do Inter também é voz forte no vestiário.
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*DIÁRIO GAÚCHO
Opinião
Leonardo Oliveira: vai com calma, Argel
Leonardo Oliveira
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