Do estado de graça com a torcida após uma estreia promissora contra o Juventude ao inferno por falta de comprometimento com o clube, segundo os colorados. Assim foi o ano de 2012 de Jajá Coelho no Inter.
Contratado pelo então diretor-executivo Fernandão, o reforço trazido do Metalist envolveu-se em polêmicas extracampo. Acabou com o contrato rescindido após Fernandão, já como treinador após a saída de Dorival Júnior, declarar que não podia "rezar para saber qual Jajá entraria em campo".
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No Coritiba de Celso Roth, Jajá quer retomar a carreira no Brasil e fazer com que o reconhecimento em seu país seja o mesmo da Ucrânia e dos Emirados Árabes. Por e-mail, desde a concentração, o meia-atacante com seis jogos e um gol marcado na temporada, dúvida para a partida contra o Inter, nesta quarta, às 19h30min, no Couto Pereira, conversou com Zero Hora:
Como está tua adaptação em mais um retorno ao Brasil?
Vem sendo ótima. A Ucrânia vivia um momento complicado, e quando a gente conversava com o pessoal do clube eles nos passavam sobre o momento. Foi aí que eu optei em sair e voltar ao Brasil. Cheguei com uma maturidade importante, em um clube que me apresentou uma ideia de chegar em cima nas competições, na Copa do Brasil e brigar pelo Brasileiro. Fiquei muito tempo fora, aprendi muita coisa em uma cultura bem diferente. E aqui fui muito bem recebido, marquei gol nas primeiras partidas, os atletas, a torcida e o clube me acolheram com carinho, o que tem me ajudado a fazer um bom trabalho neste início.
O momento e a tabela das duas equipes é diferente (Inter é o líder e o Coritiba está na zona de rebaixamento). Até que ponto isso pode influenciar na partida de quarta à noite?
Acho que está no começo e que não devemos pensar qual é a situação da tabela. Devemos entrar sabendo que vamos jogar contra o Inter, fazer o nosso jogo e procurar jogar de igual para igual.
Analisando atualmente, após um bom tempo longe, você faria algo diferente em sua passagem pelo Beira-Rio?
Eu fiquei muito tempo fora do país, acho que devemos melhorar. Eu vi muito como as coisas que podem ser feitas observando lá. É muito diferente. Acho que nesse tempo todo aprendi muito e tento não cometer os mesmos erros aqui. Acredito que estou me saindo bem neste retorno.
Ficou alguma mágoa com os dirigentes do Inter? Acredita que eles foram linha dura demais?
Acho que faz parte, quando eles querem achar culpa em alguma coisa. E como eu não estava lá para falar qualquer coisa então pode-se falar o que quiser. Mas não tenho mágoa de ninguém. Acredito que tudo na vida é aprendizado e eu aprendi muito independente do que foi falado, mágoa da minha parte não existe.
Você é dúvida para a partida contra o Inter, mas caso venha a jogar, há o sentimento de mostrar ao ex-clube que você poderia ter sido melhor aproveitado em Porto Alegre?
Acho que meu sentimento é o mesmo em todos os jogos, de sempre fazer o melhor e ajudar o Coritiba, dando o melhor de mim em campo.