Adversário do Grêmio nesta quarta-feira (12), às 19h, na Arena, o Bahia tem na Copa do Brasil a possibilidade de dar uma resposta positiva ao investimento feito pela SAF para a temporada 2023. A equipe treinada pelo português Renato Paiva vem a Porto Alegre pressionada e com dúvidas na escalação para o duelo que vale a vaga inédita para o clube na semifinal da competição nacional.
Campeão do Brasileirão de 1988, ano que bateu o Inter na final, o Bahia tem as quartas de final como barreira na Copa do Brasil. O time chegou a essa fase em sete oportunidades e jamais conseguiu passar, tendo o Grêmio como algoz em três delas: 1989, 2012 e 2019.
Para tentar mudar a escrita, o Bahia precisa demonstrar na Arena um equilíbrio de time que ainda não encontrou em 2023. A chegada do investimento do Grupo City trouxe esperança para a torcida, mas em campo o Tricolor de Salvador ainda não empolgou. O título baiano foi o ponto alto da temporada, mas a má campanha na Copa do Nordeste (acabou eliminado na primeira fase) deixou uma mancha no primeiro trimestre.
No momento, o Bahia é apenas 16º colocado no Brasileirão, dois pontos acima da zona de rebaixamento. A equipe quase entrou no Z-4 na última rodada, quando perdia para o 17º Cuiabá por 1 a 0. O gol contra do zagueiro Alan Empereur definiu o empate e manteve os baianos ainda fora do grupo dos quatro últimos.
Em Cuiabá, o técnico Renato Paiva fez cinco mudanças na equipe preservando para a Copa do Brasil. Além de Thaciano, que já disputou a competição pelo Grêmio e não pode jogar nesta quarta-feira, entraram Vitor Hugo, André, Lucas Mugni e Vinícius Mingotti. O treinador também voltou a usar o sistema com três zagueiros, sua ideia inicial na temporada, mas alterada por conta do mau funcionamento do time.
O Bahia acabou dominado durante o primeiro tempo e Paiva nem esperou o intervalo para mexer. Com 40 minutos, o meia-atacante Ademir e o lateral-esquerdo Ryan entraram nos lugares do zagueiro Victor Hugo e do lateral-esquerdo Johanner Chávez, que sentiu dores e e não deve encarar o Grêmio. A a melhora da equipe no segundo tempo retornando ao sistema com linha de quatro defensores indica que Paiva usará essa formação na Arena.
Além dos desfalques certos de Thaciano e Chávez, o Bahia tem dúvida sobre o meia Cauly, que saiu ainda no intervalo do jogo de ida contra o Grêmio por lesão. Renato Paiva reconheceu a dificuldade de jogar na Arena, mas mantém a confiança de que seu time pode se superar no confronto desta quarta-feira.
— Fizemos dois jogos onde tirando mais ou menos a segunda parte do jogo do Campeonato Brasileiro, fomos superiores. Nas quatro partes, vi três partes superiores do Bahia, que não conseguiu consumar o resultado. Foi pena. Com gols sofridos mesmo no final. Corrigir esses detalhes e ir para Porto Alegre, com muito respeito, mas com zero medo. Mas com muito respeito pela equipe que temos pela frente — comentou o treinador, que ainda falou sobre a alta procura por ingressos dos torcedores gremistas:
— Sabemos do peso da torcida, que vai encher o estádio, com certeza. Nós temos que jogar 11 contra 11. A torcida adversária só joga se nós deixarmos. Portanto, a partir daí, os jogadores têm de estar preparados para isso, que é um mata-mata. E a nossa trajetória na Copa do Brasil tem sido imaculada, zero derrotas. Acredito muito neste grupo e que este grupo possa dar uma resposta e passar para as semifinais.
O provável time do Bahia para enfrentar o Grêmio: