O debate estabelecido sobre a possibilidade de Vagner Mancini escalar o Grêmio com três volantes contra o Palmeiras ganhou corpo. Afinal, o novo treinador iria repetir algo que não deu certo e jogar com Thiago Santos, Lucas Silva e Villasanti, modelo adotado por Luiz Felipe Scolari, seu antecessor?
Apesar de causar pânico em alguns torcedores, a formação, que está entre as possibilidades trabalhadas pela comissão técnica gremista, teve 50% de aproveitamento quando utilizada com o trio em campo.
A primeira vez que eles jogaram juntos foi na vitória sobre o Cuiabá, na Arena Pantanal. Na oportunidade, Felipão começou o jogo com Thiago Santos, Maicon e Villasanti. A formação durou apenas 29 minutos, quando o ex-capitão gremista se lesionou e deu lugar a Lucas Silva, que igualmente se contundiu e saiu no intervalo. Nesse momento, Borja já havia marcado, de pênalti, o gol da vitória.
Depois, a experiência com os três jogadores de características mais defensivas voltou a ser feita na derrota para o Flamengo, pela Copa do Brasil, quando eles iniciaram o confronto.
Após um 0 a 0 no primeiro tempo, o Tricolor sofreu um gol de Bruno Viana aos oito do segundo tempo e cinco minutos depois, a formação foi desmanchada para o ingresso do colombiano Campaz no lugar de Lucas Silva. No final, mesmo com um a menos em boa parte do jogo, os cariocas venceram por 4 a 0 e encaminharam a classificação.
Depois de perder a vaga na copa nacional, Felipão reencontrou o Flamengo em duelo pelo Brasileirão, no Maracanã, e mais uma vez optou por Thiago Santos, Lucas Silva e Villasanti. Um gol de Miguel Borja garantiu o triunfo.
Turbinado pela vitória no Rio de Janeiro, o Grêmio acreditou ter encontrado o modelo ideal e voltou a repeti-lo diante do Athletico-PR. Porém, após levar 2 a 0 nos 45 minutos iniciais, Scolari sacou Lucas Silva e colocou Douglas Costa, mas não evitou a derrota por 4 a 2, naquela que foi a última partida em que os gremistas viram o time começar com o trio de volantes que poderá ser mais uma vez utilizado no domingo.