A derrota para o Ceará na estreia do Campeonato Brasileiro foi a primeira do Grêmio na era Tiago Nunes após dez partidas. Ainda que o treinador não tenha ido a Fortaleza por estar com covid-19, ele participou da preparação da equipe que foi comanda pelo auxiliar Evandro Fornari. A missão da comissão técnica agora será a de recuperar rapidamente o time e corrigir os problemas apresentados no Castelão para a estreia da Copa do Brasil, diante do Brasiliense, nesta quarta-feira (2), às 16h30min, na Arena.
O Grêmio terá as ausências do goleiro Brenno e do volante Matheus Henrique, que viajaram nesta segunda-feira (31) à Sérvia para defender a seleção olímpica em amistosos. Além disso, os titulares Rafinha, Diego Souza e Ferreira seguirão cumprindo isolamento por terem testado positivo para a covid-19.
Rodrigues, Pedro Lucas e Luiz Fernando seguem no departamento médico. Também estão lesionados Alisson e Diego Churín. A lista de desfalques sobe para onze porque César Pinares está com a seleção chilena para a disputa das Eliminatórias.
Problemas
Ainda que Diego Souza, Rafinha e Ferreira sejam três dos titulares mais importantes do Grêmio, os seus substitutos deram boa resposta diante do Ceará. Vanderson e Ricardinho marcaram os gols tricolores, enquanto Léo Chú foi um dos destaques da partida atuando pelo lado esquerdo do ataque.
O principal problema da equipe esteve no meio-campo, que contou com Lucas Silva ao lado de Thiago Santos e Matheus Henrique durante o primeiro tempo. Mesmo que o Tricolor tenha tido um domínio da posse de bola, de 60%, o gol de Vanderson foi a única finalização gremista no alvo antes do intervalo, quando a formação foi desfeita com a saída de Lucas Silva para a entrada de Jean Pyerre.
Narrador da Rádio Gaúcha na partida, Gustavo Manhago avalia que a ideia de Lucas Silva ao lado de Thiago Santos comprovou no campo ter sido uma escolha errada da comissão técnica gremista.
— Antes mesmo de a bola rolar já achei má ideia. São dois jogadores de características semelhantes. Eu não digo iguais porque o Thiago Santos dá muito mais dinâmica ao meio-campo que o Lucas Silva. O Lucas tem dificuldade para fazer o meio-campo jogar com rapidez no passes, além de ser um jogador lento sem a bola. Um deve substituir o outro. No caso, o Lucas Silva deve ser o reserva do Thiago Santos no momento — argumenta.
Jean Pyerre deve retornar
Como Matheus Henrique está com a seleção olímpica, Thiago Santos deverá ser o único dos titulares do meio na derrota para o Ceará mantido para enfrentar o Brasiliense. Darlan e Maicon são opções para o lugar de Lucas Silva. A tendência é de que a terceira vaga seja de Jean Pyerre. Titular nas primeiras três partidas de Tiago Nunes, o meia só deixou o time após ter sofrido uma lesão muscular e deverá receber uma nova sequência de jogos para recuperar um lugar na equipe.
Ex-meia campeão da Libertadores e do Mundo pelo Grêmio, em 1983, Osvaldo mostra confiança de que Jean Pyerre poderá recuperar o bom futebol se tiver uma sequência com a nova comissão técnica.
— Acho que deve dar confiança para o Jean Pyerre porque é um jogador de casa. Ele é formado no Grêmio e só precisa ter uma sequência sem lesões para mostrar seu melhor futebol. O Jean chuta bem de média e longa distâncias. Isso é algo importante no futebol atual, onde muitas vezes se troca muitos passes e finaliza pouco. Esse conhecimento que o Tiago Nunes tem da base é muito bom. É passar a confiança e deixar jogar que o Jean vai render porque tem qualidade — projeta Osvaldo.
Em meio a tantos problemas, a volta de Kannemann é uma alta no Grêmio. O argentino ficou no banco diante do Ceará a deverá recuperar seu lugar ao lado de Geromel contra o Brasiliense.