Curiosamente, a última vez que o Bahia entrou em campo de maneira oficial foi em Porto Alegre. No dia 12 de junho, a equipe comandada por Roger Machado foi derrotada por 3 a 1 pelo Inter, pela nona rodada do Brasileirão. Quase um mês depois, o Tricolor baiano volta à capital gaúcha. Mas, desta vez, para duelar com o Grêmio, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil.
Logo após a derrota no Beira-Rio, os jogadores do Bahia receberam 10 dias de folga. Reapresentaram-se no dia 23 de junho (um dia antes do Grêmio), para um período de treinos no CT do Fazendão, em Salvador. Entre os 16 dias de atividades, nenhum amistoso foi realizado. Apenas um jogo-treino contra o time de transição, com dois tempos de 30 minutos, em que a equipe principal acabou perdendo por 1 a 0.
— Tivemos poucas baixas, quase todo mundo em campo, treinando com muita intensidade, muito interesse. Motivado em fazer um segundo semestre condizente com a grandeza do clube — avaliou o treinador em entrevista concedida na última sexta-feira (5).
Aliás, foi neste trabalho que Roger testou sua nova formação tática. Com a venda do volante Douglas Augusto ao PAOK, da Grécia, o treinador se viu obrigado a desmanchar o tripé de volantes que vinha sendo utilizado na reta final (incluindo a vitória sobre o Grêmio, no Brasileirão). Com a entrada do jovem meia Ramires, o time passou a jogar no 4-2-3-1.
— São caraterísticas diferentes, que tu perde por um lado e ganha pelo outro. Acredito que a gente pode ter uma vantagem relacionada a isso. Todos sabemos o que o Ramires pode oferecer. Posso também continuar com a trinca de meio-campo, colocando o Flávio dentro desse sistema e mantendo a força por dentro para retomar a bola do adversário. Mas o Ramires tem a intensidade para fazer, talvez ele não tenha o mesmo enfrentamento corporal que o Douglas, mas ele ocupa espaço, é dinâmico, antecipa bem a bola — destacou Roger.
Além de Douglas Augusto, Roger também não poderá contar no segundo semestre com o lateral-esquerdo reserva Paulinho. Mas o técnico não tem do que reclamar. A diretoria agiu rápido e, como reposição, buscou Giovanni, que rescindiu seu contrato com a Ponte Preta. Junto ao Palmeiras, conseguiu os empréstimos do meia venezuelano Guerra e do zagueiro Juninho. Do Corinthians, vieram o zagueiro e o atacante Lucca, ex-Inter. Ainda há o zagueiro Wanderson, que rescindiu com o Athletico-PR para assinar com o clube baiano. A busca para o sistema defensivo se dá por conta do afastamento do ex-colorado Ernando, diagnosticado com uma hérnia de disco.
Confira as mudanças no elenco do Bahia:
Quem saiu
Douglas Augusto (volante), vendido ao PAOK, da Grécia
Paulinho (lateral-esquerdo), vendido ao Midtjylland, da Dinamarca
Quem chegou
Juninho (zagueiro) — emprestado pelo Palmeiras
Guerra (meia) — emprestado pelo Palmeiras
Lucca (atacante) — emprestado pelo Corinthians
Marllon (zagueiro) — emprestado pelo Corinthians
Giovanni (lateral-esquerdo) — rescindiu com Ponte Preta
Wanderson (zagueiro) — rescindiu com Athletico-PR