Os 40 anos completados na última terça-feira (23) trouxeram animação para o mais experiente jogador do Grêmio. Comemorando o aniversário com a família, ele viu a vitória gremista sobre o River Plate em Buenos Aires se tornar um presente de grande valor dos colegas. Na semana que vem, ele espera partilhar da emoção que uma lesão na panturrilha o impediu na Argentina.
– Assistir de fora para quem gosta de estar dentro de campo é sempre muito ruim, mas fiquei feliz pelo que meus companheiros jogaram e satisfeito porque foi um jogo espetacular – confessou em entrevista ao Cardápio do Zé, na última quinta-feira (25).
Léo Moura garantiu que está recuperado totalmente do problema e que será preservado no jogo deste sábado (27) contra o Sport pelo Brasileirão para voltar à equipe titular no jogo de volta diante do River Plate.
– Eu já estou curado, mas contra o Sport ficaria muito em cima para poder jogar na terça-feira, quando será um jogo muito forte. Tenho ainda que reforçar a parte física – revelou.
Sobre a situação gerada com os jogos de ida das semifinais da Libertadores, Léo prevê dificuldades para o Grêmio na partida de volta por uma disposição nova do River em função da necessidade, mas acredita muito na classificação. Já sobre o outro confronto, acha muito difícil para o Palmeiras reverter o resultado de Buenos Aires e acredita numa final entre Grêmio e Boca Juniors, algo que para ele significaria muito, independente do rodízio com Leonardo Gomes determinado por Renato Portaluppi.
– Se for contra o Boca, certamente eu não vou ficar fora. Até porque, destes grandes estádios históricos da América do Sul, o único que eu não conheço é a Bombonera. Eu vou querer jogar lá e aqui também – destacou.
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Além da análise do momento gremista, na conversa de quase uma hora Leonardo Moura falo de outros temas de sua carreira, da vida pessoal e de suas previsões para o futuro. Com a camisa da Seleção Brasileira, apenas uma convocação, em 2008.
– Não fui injustiçado por ficar fora da Seleção Brasileira. O Daniel Alves e o Maicon estavam em fases muito boas quando eu estava no auge. Hoje existe uma dificuldade em se conseguir laterais de alto nível para a Seleção – recordou.
Sobre ter atuado no Maracanã, boas recordações. O jogador atuou no Flamengo quando a arquitetura original do estádio ainda era uma realidade e revelou um pequeno lamento em relação ao Grêmio.
– O velho Maracanã era incrível. Tinha a geral que era uma marca e não há nada parecido. Tive o privilégio de estar lá como torcedor e como jogador. Era mágico. O Olímpico também tinha esta magia. Joguei muito aqui como adversário e sentia a influência sobre o time do Grêmio. Uma pena que não pude jogar nele como jogador gremista – confessou.
Fã de Bebeto, rememorou quando ainda era um garoto e entrava no gramado do Maracanã de mãos dadas com o ídolo. Aos 40 anos, o defensor também mira um modelo mais atual, principalmente quando o assunto é longevidade: Zé Roberto, que também passou pelo Tricolor gaúcho.
– Tenho o Zé Roberto como referência em tudo. Como ele quero jogar mais dois anos e parar aos 42. Se o Grêmio me quiser, gostaria muito de encerrar a carreira aqui – falou.
No futuro, almeja uma carreira como empresário. Brincou com o fato de não querer mais participar das concentrações, algo que seria impossível sendo treinador. Por último, um comentário sobre o Gre-Nal.
– Compreendi a rivalidade Gre-Nal quando cheguei e os gremistas me saudavam por ter feito um gol pelo Santa Cruz contra o Inter em 2016 que ajudou no rebaixamento deles. Em no início nem compreendia direito – afirmou.
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