A AEG e a WTorre, construtora que ergueu o Allianz Parque, possuem um acordo válido por dez anos. Como em toda parceria que envolve grandes investimentos, vivem uma relação de amor e ódio, que atualmente tem sido mais de paz. Resumidamente, a AEG é a responsável por levar eventos ao estádio do Palmeiras. Exceto, claro, os jogos da equipe paulista.
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Para que algum espetáculo seja realizado na arena, os responsáveis pela atração conversam com a construtora e com a empresa para avaliar a disponibilidade de datas. As partidas do Palmeiras são importantes, mas, se necessário, podem ser alteradas.
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Algumas atrações até tiveram datas modificadas por causa de jogos. Mas se isso não for possível, quem perde "sua casa" é o clube. Por isso, contra Grêmio e Sport pelo Brasileirão, o time recorre ao Pacaembu, pois a arena recebe shows de Rod Stewart e Katy Perry.
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A AEG já levou grandes atrações ao estádio, como Paul McCartney, Roberto Carlos e um amistoso da seleção brasileira. No meio de tudo isso, o Palmeiras participa das reuniões e fica sabendo o que é feito, mas não tem poder de veto ou aprovação. A direção é apenas comunicada e não consultada.
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Algo que tem abalado, em parte, a relação entre as empresas é o fato da WTorre viver grave crise financeira, com atraso de pagamentos e de obras na arena. Tanto que chegou-se a cogitar a possibilidade de a AEG comprar o estádio, algo que não passou de boato - ao menos por enquanto.
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Manter o Allianz Parque, por sua grandiosidade, não é algo barato. Como a parceira realiza a manutenção nos dias sem jogos, isto gera alguns ruídos. Afinal, muita gente dentro da WTorre acredita que existam exageros nos gastos.
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A empresa americana não é responsável só por shows. Ela também viabiliza negociações com outros esportes. Já é sabido, por exemplo, que uma etapa do UFC será realizada no Allianz Parque, ainda sem data definida. Também há a possibilidade de uma partida da NBA ocorrer no local.
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A AEG não participa do futebol do Palmeiras. A função dela é fazer com que a arena, que custou cerca de R$ 660 milhões, comece a dar retorno. O formato do negócio é algo novo no futebol brasileiro. Por isso, desperta alguma desconfiança.
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Mas a impressão que fica é que, se bem administrado, pode ser uma excelente fonte de lucros. Na arena do Palmeiras, o ego de alguns dirigentes do clube e das empresas muitas vezes dificultam a evolução. Ainda assim, o resultado tem sido rentável para os envolvidos.
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