Reforço do Grêmio: em favor de Maicon, a qualidade do passe

A saída de Maicon do Morumbi gerou mais expectativa junto à torcida são-paulina do que a chegada, em janeiro de 2012.

Na época, era um dos destaques da campanha de sétimo lugar no Brasileirão do Figueirense, que tirou da Série B um ano antes. Três anos, 161 partidas, nove gols, um título (Copa Sul-Americana 2012) e muitas decepções depois, Maicon deixa o São Paulo sem nunca ter se firmado como titular. Foi um coadjuvante bastante utilizado com períodos curtos entre os 11, principalmente com Emerson Leão e Ney Franco, no primeiro ano no clube.

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A sempre exaltada versatilidade do meio-campista joga contra ele. Maicon atuou em todas as posições do meio-campo tricolor, mas é muito lento e pouco dedicado na marcação para ser um volante e não é um homem de passes para gol para ser o meia mais próximo dos atacantes. Nos últimos dois Brasileiros, jogou 45 partidas e não deu uma única assistência _ para minha surpresa. O comportamento blasé em campo é outro fator que incomodou a torcida do São Paulo, carente de demonstrações de raça desde que Lugano, Mineiro e companhia deixaram o Morumbi.

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Em favor de Maicon, a qualidade do passe: 93,6% de acerto no quesito no último nacional. O meia é, sem dúvida, um dos melhores passadores do Brasil. Inteligente, que, apesar de não ser rápido, ocupa bem os espaços. Um jogador útil, importante em momentos de necessidade de retenção de bola, e, por isso, cai na graça de todos os treinadores.

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Eu não estaria entre os que vaiou Maicon a cada toque na bola em jogo contra o Capivariano  _ por estar convencido do limite da capacidade do meia _ mas compreendo os apupos. Como o próprio Maicon diz, "não é nenhum craque, mas um jogador de grupo".


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