Gremistas e colorados costumam acabar cada rodada do Gauchão unidos nos discursos contra arbitragem, calendário e tudo o mais que acreditam ser uma conspiração para impedir a conquista do título. Depois dos jogos de ida do Gauchão, no entanto, descobriram um outro tema comum: a incerteza em relação ao futuro dos seus times.
O Caxias, no sábado, e o Novo Hamburgo, no domingo, fizeram cair algumas máscaras no Beira-Rio e na Arena e deram um choque de realidade em colorados e gremistas. No caso do Inter, ficou nítido que, embora toda a evolução, ainda falta um bocado para que os torcedores possam bater no peito e dizer com segurança que há um time pronto de vermelho e branco. Não, ainda não há. O Inter sentiu o desgaste de quarta-feira, sentiu a baixa de Edenílson e viu seu técnico derrapar nas substituições.
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No dia seguinte, o Novo Hamburgo fez um estrago maior. E, antes que eu seja achincalhado pelos mais ansiosos nas redes sociais, explico a valoração: o Grêmio é um time montado desde 2016 que recebeu acréscimos, por isso espera-se mais dele e se potencializa mais a crítica. O Novo Hamburgo neutralizou o Grêmio na Arena e só não venceu por detalhe. Renato ficou preso na marcação mais e organizada montada por Beto Campos. Não encontrou saídas para o time quando a dobradinha Edílson e Léo Moura foi bloqueada e a saída do capitão Maicon, vigiada. Isso foi preocupante, mais até do que a vantagem do Novo Hamburgo no jogo de volta.
Por tudo isso, a Dupla iniciou a semana unida no discurso. Só que dessa vez não tinha árbitro ou teoria conspiratória para prejudicar a vida Gre-Nal. Aliás, em se tratando de arbitragem, dessa vez não se ouviu nada a respeito nos vestiários de Grêmio e Inter.