Criado na Restinga, zona sul de Porto Alegre, o atacante Raphinha sente o peso de ainda não ter feito gol na Copa do Mundo. Sua mãe, Lisiane Belloli, diz que a família, que o acompanha no Catar, até tenta mudar de assunto quando o encontra, mas ele próprio se cobra.
— A gente nem gosta de falar sobre isso quando encontramos com ele. Mas o pessoal quer isso (gol). E ele, muito mais. Mas tentamos deixá-lo tranquilo para que ocorra naturalmente. Só que ele se cobra tanto que pesa — disse Lisiane nesta quarta (7) ao Timeline, da Gaúcha.
Dos cinco atacantes brasileiros escalados por Tite, Raphinha é o único que ainda não fez a rede balançar no Catar. Pode ter nova chance na próxima sexta-feira (9), quando a Seleção joga contra a Croácia, a partir do meio-dia.
Talento para isso o guri tem. Segundo Lisiane, desde criança Raphinha mostra desenvoltura com a bola. Sua convocação para a Copa causou comoção na família, ainda que o craque já estivesse brilhando no Barcelona.
— Ele sempre brincou intensamente com esporte. Era minguado, magrelo, mas tinha velocidade. Era um jogador que avançava com facilidade. E as coisas foram acontecendo. E aconteceram de uma forma, em uma dimensão, que nos atropelou. A gente não esperava tudo isso acontecer de uma hora para outra — confessou a mãe.