A dúvida já não é se ele conseguirá jogar a Copa do Mundo ou voltará apenas nas quartas de final, se a Seleção Brasileira se classificar diante da Coreia do Sul, nesta segunda-feira (5), no Estádio 974, aqui em Doha.
Agora, a chance de Neymar voltar já diante dos coreanos existe, embora a possibilidade maior é de que fique ao menos no banco, para ser usado só em caso de emergência. Nada mal para quem, há nove dias, na estreia contra a Sérvia, saiu de campo mancando e com o tornozelo inchado feito bola de futsal, com distensão ligamentar.
A notícia caiu como uma bálsamo em um dia tenso, pós-derrota dos reservas para Camarões e com as baixas de Alex Telles e Gabriel Jesus, oficialmente fora do Mundial, ambos com lesões no joelho que não podem ser curadas a tempo.
Quando isso acontece, o clima fica péssimo. A tristeza no elenco era notória. Os jogadores sentem pelo sonho desfeito do amigo. No caso de Alex Telles, então, o conto de fadas virou pesadelo em pouco mais de 60 minutos.
De titular na vaga do também lesionado Alex Sandro, este com problema no quadril, agora está fora. Talvez regresse ao Sevilha para tratamento. Mesmo caso de Gabriel Jesus, no Arsenal. Essa decisão ainda não está tomada. Os jogadores querem ficar, pelo espírito de grupo.
Por tudo isso, ver Neymar de chuteiras pela primeira vez, participando normalmente da roda de bobinho e treinando finalizações normalmente aliviou o ambiente.
Neymar chutou firme com as duas pernas, marcou alguns golaços e, o mais importante: fez exercícios de giro, com peso do corpo sobre o tornozelo direito. Nada sentiu. As imagens mostram ele solto e confiante.
O preparador físico Fábio Mahseredjian ficou com Neymar o tempo todo. Um Neymar sorridente, capaz de olhar para a câmera e colocar a língua de fora, em tom de brincadeira, como se reclamasse do treino puxado.