A cada quatro anos, o México e o seu goleiro Guillermo Ochoa se materializam na Copa do Mundo. Entre uma edição e outra ninguém presta muita atenção neles, mas a cada Mundial ambos fazem uma folia sob os holofotes do planeta bola. Neste decisivo sábado (26) no Catar, os dois podem antecipar a emissão da passagem de volta da Argentina. A agonia do adversário surge com um cenário perfeito para uma revanche, pelo Grupo C.
Deste 1994, El Tri marca sua presença em todas Copas. Em cada uma dessas sete participações, acabou eliminado nas oitavas de final. Duas dessas quedas aconteceram para os oponentes do jogo das 16h, no Estádio Lusail.
Em 2006, os países empataram em 1 a 1 no tempo normal. Um golaço de Maxi Rodríguez, aos oito minutos do tempo extra, enterrou as esperanças mexicanas. Em 2010, o quadro foi pintado com maior naturalidade e alguma reclamação. Tevez, duas vezes, e Higuaín construíram o 3 a 1 dos hermanos. Chicharito Hernández descontou. A partida gerou muitos protestos. O primeiro gol de Tevez saiu em impedimento não assinalado.
Messi esteve presente nos dois confrontos. No primeiro, entrou no fim da partida. No segundo, atuou o tempo todo. Ochoa assistiu tudo do banco de reservas, em duas de suas cinco participações em Copas.
Desta vez, ele será o guardião mexicano. O goleiro do América-MEX foi o principal nome de sua equipe na primeira rodada. Foi dele, ao defender pênalti de Lewandowski no 0 a 0 com a Polônia, uma das defesas do torneio até aqui.
Atacante e goleiro se cruzaram em campo apenas uma vez. Em 2016, Ochoa defendia o Girona e atravessou o caminho do Barcelona, de Messi, pelo Campeonato Espanhol. O seis vezes melhor do mundo não marcou, mas o clube catalão venceu por 1 a 0, gol do brasileiro Rafinha.
A expectativa na terra dos mariachis é de que a escrita de avançar à próxima etapa se mantenha e a de perder para os hermanos chegue ao fim. Um nome que viveu o outro lado será aliado desta vez.
— Queremos que o México vença e vamos tentar fazer o impossível para que o México vença — comentou o técnico Tata Martino, comandante do time da América do Norte, mas argentino de nascimento.
Basta uma vitória mexicana basta para a vingança. Em caso de derrota, não resta nada mais à Argentina a não ser voltar para casa.