A seleção do Catar atribui a má atuação na abertura da Copa do Mundo ao nervosismo. Após a derrota por 2 a 0 para o Equador, neste domingo (20), o lateral Pedro Miguel disse a GZH que o time sentiu a ansiedade da estreia e se atrapalhou com a pressão de jogar em casa. Perguntado, o atleta preferiu não comentar as críticas que o país sofre por violações aos direitos humanos.
— Era um sonho para todos nós chegar até aqui. Senti que entramos em campo com os nervos à flor da pele e não conseguimos nos concentrar. Especialmente nos primeiros 30 minutos, não conseguíamos fazer nada. Estávamos muitos nervosos. Foi o nosso primeiro jogo de Mundial, muita tensão. Não conseguimos nos concentrar e jogar como estamos acostumados. Espero que entremos mais focados contra Senegal — disse Pedro Miguel.
Questionado sofre as críticas sofridas pelo Catar por conta de violações aos direitos humanos, o lateral preferiu não comentar o tema:
— Estamos focados apenas no futebol. Temos de nos desligar dessas coisas. Todo mundo fala sobre direitos humanos, mas estamos focados no futebol e em tentar fazer bons jogos. Não estamos focados em direitos humanos e não queremos falar sobre direitos humanos. Muita gente gosta de criticar, mas não queremos falar dessas coisas — completou.
Nascido em Algueirão-Mem-Martins, pequena vila no oeste de Portugal, Pedro Miguel vive no Catar desde 2012 e, após se naturalizar catari, defende a seleção árabe desde 2016.
— Eu me sinto um catari. Sempre me trataram muito bem aqui. Eu e minha família gostamos de viver aqui. Se você vivesse aqui, você veria como é bom — finalizou.
O Catar volta a entrar em campo na próxima sexta (25), contra o Senegal, no Al-,Thumama Stadium, em Doha.