Ao perder para um zebra na estreia da Copa do Mundo, Messi sentiu a mesma dor de Maradona na abertura do torneio de 1990. Neste sábado (26), o craque argentino demonstrou ter o mesmo brio que Don Diego teve naquele ano para reerguer a Seleção Argentina e levá-la até a final daquele ano. Ele foi decisivo para manter seu país vivo no Catar no 2 a 0 sobre o México, em Lusail, e continuar a missão que o trouxe até o Catar.
Autor primeiro gol, o jogador do PSG foi o principal responsável por evitar a eliminação precoce, o que ocorreria em caso de derrota. Mas a sequência de finais prossegue, será preciso vencer a Polônia na quarta-feira (30) para ir até às oitavas sem depender de outro resultado. Para avançar, o México precisa vencer a Arábia Saudita no mesmo dia e torcer por derrota dos hermanos. As duas partidas estão programadas para as 16h.
Logo que a bola entrou em disputa, ficou claro que o primeiro cartão amarelo surgiria antes do gol inaugural. As jogadas ríspidas estavam em abundância. Divididas, choques, disputas aéreas se alastraram por todo o campo. Ainda assim, a primeira advertência aconteceu somente aos 21 minutos de jogo para o mexicano Araújo.
Mas nenhuma nesga de luz surgia para abrilhantar o jogo. O primeiro tempo escorria para o seu fim quando a Argentina finalizou pela primeira vez. Uma cabeçada torta de Lautaro foi o ápice da produção ofensiva produzida por Messi e seus companheiros. Na outra ponta do gramado, nada muito diferente. Uma defesa de Martínez, em uma cobrança de falta sem muita força, aos 44 minutos, foi o máximo que saiu dos pés mexicanos.
Foi então que, aos 18 do segundo tempo, quando o marasmo ainda imperava, um flash de talento espocou em Lusail. Di María, pela direita, achou Messi, pelo meio. O camisa 10 disparou encontrando uma trajetória inalcançável para o goleiro Ochoa.
A desvantagem, não mudou o panorama. As chances não surgiam. O México era inoperante ofensivamente. A Argentina tentava decidir de vez a partida, mas pouco indicava que a situação mudava.
Porém, o brilho de Messi contamina. Outro golaço eclodiu em Lusail. Enzo Fernández recebeu na quina da grande área. Cortou para dentro e engatou um chute no ângulo, aos 41 minutos. A tarefa estava completa. O alívio momentâneo foi alcançado porque a tensão tem dia e hora para voltar.
Copa do Mundo - Grupo C - 2ª rodada
ARGENTINA
E. Martínez; Montiel (Molina, 28’/ST), L. Martínez, Otamendi e Acuña; Rodríguez (E. Fernández, 12’/ST), De Paul e Mac Allister (Palacios, 24’/ST); Di María (Romero, 24’/ST), L. Martínez (Álvarez, 28’/ST) e Messi. Técnico: Lionel Scaloni
MÉXICO
Ochoa; Araújo, Montes e Moreno; Álvarez (Jiménez, 21’/ST), Guardado (Gutiérrez, 42’/PT), Herrera, Chávez e Gallardo; Vega (Antuna, 21’/ST) e Lozano (Alvarado, 28’/ST). Técnico: Gerardo Martino
Gols: Messi, aos 18, e Enzo Fernández, aos 41 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Montiel (A); Araújo, Herrera, Gutiérrez e Alvarado (M)
Arbitragem: Daniele Orsato, auxiliado Ciro Carbone e Alessandro Giallatini. VAR: Massimilliano Irrati (quarteto italiano)
Local: Estádio Lusail