O Catar não mede esforços quando o assunto é ganhar experiência na organização de grandes eventos esportivos. Visando a Copa do Mundo de 2022, o governo do país árabe sediou nesta sexta-feira (29), no Estádio do Al-Gharafa, em Al Rayyan, o confronto da Supercopa Africana 2019.
Na partida entre Raja Casablanca, campeão da Copa da Confederação Africana, e Espérance, campeão da Liga dos Campeões Africana, o time marroquino levou a melhor. Com uma vitória por 2 a 1, o Raja sagrou-se bicampeão da competição continental.
O confronto em campo neutro foi um pedido da Confederação Africana de Futebol (CAF). A escolha pelo Catar também foi decisão da entidade, que é grande parceira do país e sabe do interesse árabe em sediar competições para adquirir "cancha".
— Nós estudamos todos os eventos que acontecem no mundo, e recebemos muitos convites. Estudamos cada um deles e vemos se temos interesse em sediar. Temos um acordo entre a Federação de Futebol do Catar e a Federação Africana de Futebol, e vocês sabem que precisamos. Os cataris precisam ganhar experiência de como organizar um evento grande. Todos os organizadores que trabalharam nessa Supercopa estavam na Rússia fazendo treinamento para a Copa do Mundo. Como na Rússia eles estavam fazendo tudo no papel, agora queríamos ver na prática — declarou Khalid Mubarak, diretor de marketing e comunicação da Federação do Catar.
Quando resolve optar por receber uma competição, o país é generoso. Banca todas as despesas das equipes, além de realizar um superesquema para contar com jornalistas de todo o mundo.
No evento em si, na noite desta sexta-feira (29), no Al-Gharafa, nenhum imprevisto pode ser observado — ainda mais pela baixa significatividade do torneio para o povo catari. As distribuições das escalações e dos guias de jogo foram feitas com uma hora de antecedência. E a entrada das equipes em campo também seguiu o padrão Fifa. O único ponto negativo foi o congestionamento do trânsito, na chegada e na saída da partida.
No jogo, o Catar foi representado pelo presidente do Comitê Olímpico, Joaan Bin Hamad Bin Khalifa Al Thani — irmão do Emir Tamim Bin Hamad Al Thani, dono do país. Foi ele quem entregou o troféu de campeão ao time de Marrocos.
*A repórter viajou a convite da Federação de Futebol do Catar