Se as duas últimas Copas do Mundo foram vencidas pelas seleções que mais controlaram o jogo com a bola nos pés, como mostrou um levantamento do jornal L'Equipe, na Rússia a história vinha sendo outra. Enquanto, em 2010, a Espanha teve 64,1% de posse de bola e se sagrou campeã e, em 2014, a Alemanha venceu no quesito — e no torneio — com 66,7%, as seleções com maior média de posse de bola na Copa foram logo eliminadas da competição.
Mas isso mudou nas quartas de final. Até então, boa parte dos jogos em solo russo não havia sido exatamente vencida por quem ficava mais tempo com a bola no pé. Mas as seleções semifinalistas (França, Bélgica, Croácia e Inglaterra) têm mudado essa história. Entre as quatro, apenas a Bélgica teve menos posse de bola que seu adversário, o Brasil, nas quartas.
A França controlou o jogo com a bola nos pés durante 61% da disputa com o Uruguai, fazendo 508 passes e acertando 425 deles (84%).
A Bélgica teve 43% de posse de bola na vitória sobre o Brasil. Trocou menos passes (326 x 475), e ainda assim errou mais (50 x 30). Ganhou por 2 a 1.
A Inglaterra manteve a bola nos pés durante 58% da partida com a Suécia e atingiu uma efetividade de 81% no quesito, com 418 passes corretos.
A Croácia teve 63% de posse de bola contra a Rússia, acertando 591 passes e errando 131 (82% de efetividade).