Atrasado para chegar ao estádio em razão do trânsito pesado e com chuva em Kazan, o técnico da Bélgica esbanjou honestidade na última entrevista antes do duelo contra o Brasil, às 15h (de Brasília) desta sexta-feira (6), pelas quartas de final da Copa do Mundo da Rússia. Roberto Martinez foi bastante direto ao apontar quais são os objetivos do time belga partida e no que considera uma vantagem brasileira no confronto: a tradição.
— Eu acho que a diferença é clara. As duas equipes são muito semelhantes em relação à qualidade. Temos talento. Mas a gente não tem títulos. É uma vantagem do Brasil. Eles sabem como vencer e já se livraram dessa barreira. A verdade é que o Brasil tem, além da parte técnica e tática, a mentalidade de vencer uma Copa do Mundo — destacou.
Melhor ataque da Copa, com 12 gols nos quatro jogos que disputou, a Bélgica rejeita a retranca contra o Brasil. Para Martinez, é notória a evolução que Tite conseguiu dar ao adversário nas quartas de final da Copa. Apesar de respeitar essa trajetória, o treinador acredita que os belgas podem fazer a diferença.
— O talento amanhã (sexta) é uma grande arma das duas equipes. Nós nos baseamos nisso. Queremos um jogo aberto. Não vamos fazer uma retranca demasiada — disse.
Mesmo assim, quando questionado sobre Neymar, o técnico afirmou que “busca um jeito de segurá-lo.”
A Bélgica não tem escalação confirmada para encarar o Brasil, mas deverá ter Courtois; Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Meunier, Witsel, De Bruyne e Carrasco; Mertens (Fellaini), Hazard e Lukaku.
— A mensagem geral é que, quando você está em um torneio como este, você não pode ficar só com 11 jogadores. O mais importante é que nossa equipe está se acostumando aos poucos com as partidas. Temos diferentes formas de atacar, de defender e de lidar com os jogos — concluiu.
Brasil e Bélgica se enfrentam nesta sexta na Arena Kazan. Quem passar pega Uruguai ou França, que se enfrentam às 11h (horário de Brasília).