O clima no treino pré-Copa da Argentina na manhã desta terça-feira (5) ficou longe de ser agradável. Por conta do amistoso contra Israel, em Jerusalém, no próximo sábado (16), palestinos ficaram do lado de fora do CT em Barcelona protestando e algumas camisas de Lionel Messi foram sujas de tinta vermelha, simulando sangue.
Apesar de todos os protestos, a Argentina confirma a realização da partida e Jorge Sampaoli quer usar força máxima com Messi e Cia. Este será o último amistoso da albiceleste antes da Copa do Mundo, quando encara a Islândia, no dia 16 de junho.
A decisão da federação argentina (AFA, na sigla em espanhol) de levar a seleção para um jogo pré-Copa do Mundo no país já gerou diversas manifestações.
Inconformado com a realização do amistoso em território israelita, o presidente da Associação Palestina de Futebol, Jibril Rajoub, enviou uma carta para afirmar que o jogo será utilizado como "ferramenta política", bem diferente do intuito inicial que é promover o esporte.
"O governo israelense transformou uma partida esportiva de rotina em uma ferramenta política. Como foi amplamente noticiado pela mídia argentina, agora a partida está sendo disputada para comemorar o 70º aniversário de Israel", escreveu no comunicado.
Já na segunda-feira (4), um grupo formado por 70 crianças palestinas escreveu uma carta ao jogador argentino Lionel Messi para pedir que não dispute o amistoso.
Em Israel, o amistoso é ansiosamente esperado e em apenas 20 minutos, foram vendidos quase todos os 34 mil ingressos disponíveis perante a oportunidade de ver estrelas como Messi, do Barcelona, Sergio Agüero, do Manchester City, e Angel Di María, do Paris Saint-Germain.