Um time de batalhadores com uma estrela que decide. A análise que se faz de Portugal, principalmente depois do empate por 3 a 3 na estreia da Copa do Mundo, diante da Espanha, é feita pelos próprios companheiros de Cristiano Ronaldo, autor dos três gols da equipe nessa sexta-feira (15).
Nenhum dos jogadores se mostra incomodado em ser coadjuvante do astro eleito cinco vezes o melhor do planeta. O panorama que deve se esperar dos atuais campeões europeus é mesmo o que se viu contra a Fúria: um time empenhado em anular os pontos fortes do adversário, na expectativa de que o capitão resolva, balançando as redes ou até com passes para finalização.
– Precisamos ter os pés bem firmes no chão. Fizemos um jogo de muito sacrifício contra uma excelente equipe, e o Cristiano voltou a resolver com gols para o nosso lado. Estamos cientes do que fizemos dentro de campo: corremos bastante e lutamos, esse é o nosso espírito, de nunca desistir. Felizmente, empatamos. Agora é pensar já no próximo jogo, queremos continuar em frente –, admitiu o meio-campista João Moutinho.
Depois do jogo, o técnico Fernando Santos disse que o principal ponto a ser corrigido está no setor defensivo, já que as peças criativas da Espanha ficaram soltas. Mas os atletas portugueses afirmaram que a mentalidade era mesmo correr atrás dos adversários, contando com Cristiano Ronaldo na frente. E assim deve ser ao longo do Mundial.
– Valeu, sobretudo, um grande Cristiano Ronaldo. Esteve ao seu melhor nível. Portugal fez um grande jogo, mas a Espanha também teve mérito. São um dos favoritos, e sabíamos que este seria um jogo de sacrifício, que teríamos de correr atrás da bola, porque eles têm muita qualidade. Mas o Cristiano marcou no final e garantiu um resultado justo e bom para as duas equipes – comentou Bernardo Silva.
Para Cristiano Ronaldo brilhar, ficou claro como o esforço físico para perseguir adversários está programado. Portugal jogou em um 4-4-2 no qual Gonçalo Guedes, companheiro do camisa 7 na frente, tinha como função voltar para recompor. Todos marcam, menos, obviamente, o maior artilheiro da história da seleção, herói que evitou uma derrota na estreia do time.
– É claro que ficamos felizes, estávamos em desvantagem. Queríamos a vitória, foi para isso que trabalhamos, como demonstramos em campo. Infelizmente, não conseguimos. Mas lutamos até ao final e, mesmo em desvantagem, reagimos bem para empatar. Temos de salientar nosso esforço até o final e que jogamos bastante bem. Até merecíamos mais –, opinou o lateral Cédric.
Portugal volta a entrar em campo às 9h de quarta-feira (20), contra Marrocos, em Moscou, e encerra a primeira fase às 15h do dia 25 de junho, em Saransk, diante do Irã. Os lusos têm um ponto no Grupo B da Copa do Mundo, igualado à Espanha e dois atrás do Irã - Marrocos é o lanterna, sem ponto.