Mais de três anos após a definição dos projetos de mobilidade urbana para a Copa em Porto Alegre, a prefeitura e a Caixa acertaram a liberação da verba de financiamento federal para todas as obras. Até agora, apenas a duplicação da Avenida Tronco havia recebido recursos vindos da União.
O valor foi disponibilizado nesta semana. Ao todo, serão R$ 484 milhões emprestados pelo governo federal - a administração municipal entra com uma contrapartida de R$ 381 milhões. Só 5% do total (R$ 865 milhões) já foram pagos às construtoras - cerca de R$ 40 milhões, estima a secretaria de Gestão. A maior parte dos recursos vem dos cofres da prefeitura.
Até agora, desacertos nos projetos em relação ao exigido pela Caixa mantinham o dinheiro indisponível. Conforme o coordenador técnico da secretaria, Rogério Baú, era preciso especificar materiais utilizados e cálculos de custos, por exemplo, para preencher o "checklist" exigido pelo banco. É a Caixa que repassa os recursos do Ministério das Cidades.
- Agora, apresentam-se as medições de cada obra. Conforme as faturas forem mostradas, serão pagas pela Caixa - diz Baú.
Não são mais obras da Copa?
Para evitar a perda de recursos em obras que não ficassem prontas até a Copa, a prefeitura teve de retirar os projetos da Matriz de Responsabilidades do Mundial e repassá-los ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com prazos mais dilatados.
A administração municipal agora considera apenas as obras de entorno do Beira-Rio como obras da Copa.
Zero Hora, entretanto, segue acompanhando no Copômetro o andamento das obras, independentemente da reclassificação, por considerar que os projetos só saíram do papel pela mobilização de governos municipal, estadual e federal em relação ao Mundial de 2014.