Nome histórico da Fórmula-1, o ex-piloto da Ferrari e McLaren, e atual dirigente da Mercedes, o austríaco Niki Lauda morreu nesta segunda-feira (20), aos 70 anos. Em julho de 2018, ele foi internado em Viena, capital da Áustria, com um quadro de gripe. Porém, o estado de saúde do tricampeão da principal categoria do automobilismo mundial piorou e ele foi submetido a um transplante de pulmão, em agosto.
História virou filme
Em 1976, o então piloto da Ferrari sofreu um grave acidente no GP da Alemanha — em razão disso, inclusive, tinha condições respiratórias delicadas. Na ocasião, o carro que ele conduzia pegou fogo e Lauda foi retirado do veículo após mais de um minuto em meio às chamas.
Ele precisou ficar internado por seis semanas em um hospital, mas se recuperou rapidamente e voltou às pistas na mesma temporada. Contudo, perdeu o título por apenas um ponto para o rival, o inglês James Hunt. A história daquele campeonato inspirou o filme Rush, lançado em 2013, no qual o ator alemão Daniel Brühl interpreta o austríaco.
Carreira
Batizado como Andreas Nikolaus Lauda, o austríaco disputou 171 corridas pela F-1, entre os anos de 1971 e 1979, e depois de 1982 a 1985. Com 25 vitórias em grandes prêmios e 24 pole positions, o ex-piloto foi campeão mundial da categoria nos anos de 1975, 1977 e 1984. Até hoje, Lauda foi o único a conquistar o título tanto pela Ferrari (1975 e 1977), quanto pela McLaren (1984). Ele também correu pela March Engineering, pela British Racing Motors (BMR) e pela Brabham.
Na primeira vez que deixou a Fórmula-1, em 1979, Lauda resolveu dedicar-se à companhia aérea que recém tinha fundado, a Niki. Mas ficou afastado somente por dois anos, porque recebeu um convite da McLaren para retornar às pistas em 1982 e voltou à ativa, vencendo duas corridas naquele ano. Dois anos depois, conquistou seu último título, superando o seu companheiro de equipe, o francês Alain Prost, que era o favorito.
Lauda encerrou de vez sua carreira em 1985, antes do fim da temporada, devido a um novo acidente, desta vez no GP da Austrália.
Em setembro de 2012, ele foi nomeado presidente não executivo da Mercedes, tendo participação, inclusive, na contratação de Lewis Hamilton para a equipe alemã.