O alemão Nico Rosberg, da Mercedes, venceu o GP da Austrália, etapa de abertura da temporada 2016 de Fórmula-1, seguido pelo seu companheiro inglês Lewis Hamilton e pelo alemão Sebastian Vettel, da Ferrari.
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O australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, conseguiu terminar na quarta posição correndo em casa, seguido pelo brasileiro Felipe Massa, da Williams, e o francês Romain Grosjean, da estreante Haas, que chegou a classificar este resultado como uma vitória para a equipe americana.
Completando a zona de pontuação terminaram o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, o finlandês Valtteri Bottas, companheiro de Massa, e a dupla da Toro Rosso, o espanhol Carlos Sainz Jr. e o holandês Max Verstappen, respectivamente.
A corrida começou com uma largada ruim para ambas as Mercedes, mas principalmente para Hamilton, que acabou levando a pior e caindo da pole-position para a quinta posição e Rosberg sendo ultrapassado não só por Vettel, que pulou na liderança, mas também pelo finlandês Kimi Raikkonen, que mais tarde viria a abandonar com problemas em seu motor.
Raikkonen manteve a segunda posição até a primeira rodada de pit-stops, quando foi superado por Rosberg, que decidiu parar um pouco antes do que o finlandês e optou também por usar o composto macio ao invés do supermacio escolhido pelo piloto da Ferrari.
Já Vettel tinha uma corrida tranquila e cheia de vantagem na ponta. Era tamanha a vantagem do alemão da Ferrari sobre os demais pilotos, que Hamilton, preso atrás de Verstappen, decidiu mudar radicalmente sua estratégia e calçar pneus médios para economizar uma parada nos boxes e tentar dar o pulo do gato.
Foi então quando um incidente marcante aconteceu em Melbourne. O espanhol Fernando Alonso, da McLaren, vinha tentando ultrapassar o mexicano Esteban Gutierrez, companheiro de Grosjean na Haas, quando mergulhou por dentro e perdeu a freada.
O erro de Alonso fez com que sua roda dianteira acertasse a roda traseira de Gutierrez, fazendo com que ele perdesse totalmente o controle da sua McLaren e chegasse a capotar duas vezes, a ponto do seu carro ficar completamente destruído e somente o seu monocoque sendo preservado.
Gutierrez apenas rodou e atolou na brita, mas sua primeira reação foi perguntar via rádio qual era o estado de Alonso. Neste instante a cena já mostrava a McLaren do espanhol tombada e o piloto saindo sozinho – sem maiores problemas.
Por conta do tamanho do acidente e da quantidade de detritos na pista, a direção de prova determinou que a corrida fosse paralisada sob bandeira vermelha. Com isso, toda a vantagem construída por Vettel acabou.
Além disso, a Mercedes tomou a decisão de calçar pneus médios também no carro de Rosberg, assim como várias outras equipes também tomaram a mesma decisão, com o objetivo de fazer com que seus pilotos não parassem mais nos boxes, enquanto que a Ferrari manteve a sua estratégia.
Após a relargada não demorou muito para que Vettel começasse a sofrer com seus pneus supermacios e fosse obrigado a parar nos boxes, perdendo sua posição para Rosberg e Hamilton.
Vettel chegou a recuperar o tempo perdido para Hamilton, mas não conseguiu realizar a ultrapassagem até a bandeira quadriculada.
A dupla da Toro Rosso passou por uma situação semelhante à de Vettel, que optou por seguir na pista com a estratégia de fazer mais uma parada depois da bandeira vermelha. No caso deles, ambos acabaram voltando no meio do tráfego e perdendo muito tempo e, consequentemente, posições.
Além dos abandonos de Alonso, Gutierrez e Raikkonen, o russo Daniil Kvyat, da Red Bull, nem chegou a largar, enquanto que Rio Haryanto, da Manor, e Marcus Ericsson, da Sauber, abandonaram com problemas mecânicos ao longo da corrida.
A dupla da Renault, que volta a ter equipe de fábrica na Fórmula 1, terminou por pouco fora da zona de pontuação. O inglês Jolyon Palmer levou a melhor sobre seu companheiro dinamarquês Kevin Magnussen, que teve problemas logo na primeira volta, perdeu uma volta, a descontou durante a bandeira vermelha, e ainda assim conseguiu terminar na frente de vários carros.
O mexicano Sergio Perez, companheiro de Hulkenberg, sofreu durante a corrida e não conseguiu ir além do 13º lugar, seguido pelo inglês Jenson Button, da McLaren, o brasileiro Felipe Nasr, da Sauber, e o alemão estreante Pascal Wehrlein, da Manor.
A Fórmula-1 volta em duas semanas com o GP do Bahrain.