A urna eletrônica pesa oito quilos. É como um computador, com placa-mãe e processador. Usa sistema operacional Linux e tem bateria com autonomia de 12 horas.
O projeto é
100% nacional
e pertence ao TSE. Quem fabrica é a empresa que vence o processo licitatório, com fiscalização do tribunal.
23 países
usam sistemas de votação eletrônica em eleições nacionais
550 mil
é o número de urnas
na eleição de 2018
147 milhões
de eleitores estão aptos a votar no país
7 estados
dos EUA utilizam urnas semelhantes às do Brasil
(sem impressão do voto)
A urna eletrônica foi desenvolvida em
Foi usada pela primeira vez em
Desde as eleições de 2000, a votação é
eletrônica
por
do eleitorado brasileiro
18 usam a tecnologia em pleitos regionais
No dia da eleição, tudo começa quando a urna, lacrada, é ligada pelo mesário, e ele imprime a zerésima: comprovante de que não há votos computados no equipamento.
O mesário procura o nome dele na lista e, depois, digita o número do título eleitoral no teclado numérico. Na tela, aparece o nome do eleitor e outros dois dados: se pertence àquela seção e se está apto a votar. Só então a votação é autorizada.
O programa só permite que as urnas sejam abertas para votação às 8h, nunca antes disso. A partir daí, o eleitor se apresenta com título ou documento oficial com foto.
Nas seções onde há identificação biométrica, o eleitor tem a identidade validada após pressionar o dedo sobre o sensor, que fica no terminal do mesário.
Depois disso, chega o momento do voto. Nas eleições deste ano, a votação seguirá a seguinte ordem: deputado federal, deputado estadual ou distrital, senador 1, senador 2, governador e presidente.
O eleitor digita
os números
dos candidatos
e confirma, apertando a tecla verde. Ao final, a urna emite um sinal sonoro mais longo, e a palavra "fim" aparece na tela.
Concluída a votação,
o sistema
criptografa os
dados (embaralha as informações), faz o registro digital do voto e cria uma assinatura digital para ele, que funciona como um certificado de inviolabilidade. Se alguém tentar alterar o voto, essa assinatura perde a validade, a urna para de funcionar e a tentativa de fraude é detectada.
Essa etapa impede que o sigilo seja quebrado (fica impossível saber quem votou em quem) e que os dados sejam lidos em computador comum, por exemplo. Se houver qualquer tentativa de alteração, o sistema trava.
Tudo fica gravado em três dispositivos de memória acoplados à urna: um pendrive (chamado de memória de resultado) e dois flash cards (semelhantes aos cartões das câmeras digitais).
O período de votação só termina a partir das 17h. O programa não permite o encerramento antes desse horário.
A partir daí, o mesário fecha a votação e imprime cinco vias do boletim de urna, com o número de votos registrados para cada candidato. Um deles é colado na porta da seção eleitoral.
O pendrive é retirado da urna e levado pelo mesário ao cartório eleitoral. É protegido por critpografia e assinatura digital.
De lá, os dados criptografados são enviados à central de contagem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), via rede privativa da Justiça Eleitoral e rede virtual protegida.
Na central de totalização, um software do TSE confere a autenticidade das informações, decodifica os dados e faz a contagem geral de votos no Estado.
Por fim, o TSE faz
a leitura das bases
de dados dos TREs, recebe e consolida os votos para presidente e divulga a contagem em tempo real de todos os votos, de todos os Estados, na internet.
Está suspenso. Em 2015, a minirreforma eleitoral definiu que, na eleição de 2018, deveriam ser impressos comprovantes (que seriam depositados automaticamente em recipiente lacrado), mas, em junho deste ano, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a medida por entender que haveria risco ao sigilo e à confiabilidade do processo.
Texto: Juliana Bublitz
Design: Paola Gandolfo
Terminal do mesário,
com teclado numérico
Tela de cristal líquido, onde o eleitor
é identificado
e autorizado a votar
Terminal do eleitor,
onde é registrado o voto
1995
1996
100%
32%
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15