Previsto para ser ampliado em 2023, o ensino de tempo integral ainda não contempla as turmas de 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Ana Íris do Amaral, da zona norte de Porto Alegre. Desde 2022, a instituição de ensino do bairro Mário Quintana oferece a modalidade da Educação Infantil ao 4º ano.
O anúncio de que as duas turmas de 4º ano poderiam se manter em tempo integral – com aulas das 8h às 17h – foi celebrada, no ano passado, pelos pais das crianças. O ano letivo de 2023 começou, no entanto, sem que houvesse espaço físico suficiente para a ampliação da oferta. A prefeitura promete uma solução para o impasse a partir do segundo semestre, quando a instalação de estruturas pré-moldadas deverá estar concluída.
A Escola Ana Íris do Amaral é uma das cinco instituições municipais de Porto Alegre que, em 2022, passaram a oferecer o ensino de tempo integral. Antes delas, nenhum colégio da rede contava com a modalidade. Além da Ana Íris, foram contempladas as escolas Mário Quintana, Neusa Goulart Brizola, Porto Novo e Gilberto Jorge. Os Planos Nacional e Estadual de Educação preveem que, até 2024, no mínimo metade das escolas públicas ofereçam aulas em horário ampliado, o que está longe de acontecer.
Na Ana Íris do Amaral, assim como nas outras quatro, o modelo está sendo implementado de forma gradual, segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed). Em nota, a pasta informou que trabalha para que os estudantes das duas turmas de 5º ano já tenham aulas em tempo integral no segundo semestre. Para isso, está construindo seis novas salas com estruturas modulares – que permitem obras com mais agilidade –, cada uma com 49 metros quadrados. O contrato com a empresa que fará a construção foi assinado na semana passada.
Cinco prédios antigos de madeira foram removidos para a liberação do espaço onde será instalada a estrutura pré-moldada. O próximo passo é a preparação do terreno para a fundamentação da obra e, depois, a instalação das estruturas.
Na nota, a Smed reforçou que apoia a implementação do ensino de tempo integral, como meio de fortalecer a aprendizagem e promover a inclusão social. “A criança sai da rua e fica mais tempo na escola, com o acompanhamento dos professores, alimentação adequada e uma jornada produtiva de conhecimento, acesso à cultura, ao esporte e ao lazer”, defendeu a pasta.