Já ingressando no segundo semestre do ano letivo, ainda há pais e responsáveis que aguardam pela chegada de professores e monitores nas escolas da rede municipal de Porto Alegre. Conforme o último levantamento da Secretaria Municipal de Educação (SMED), o déficit é de 56 profissionais.
É o caso da Escola Municipal de Educação Infantil da Vila Santa Rosa, localizada no bairro Rubem Berta, na zona norte da Capital. No início do ano, a instituição sofria com a ausência de professores, monitores e cozinheiros. Com isso, o período de permanência das crianças no local é reduzido.
Ao longo do primeiro semestre, a falta de cozinheiros foi resolvida. Mas, segundo a Smed, ainda há carência de dois professores itinerantes – que cumprem os horários dos docentes que se ausentam por diferentes motivos – quatro monitores, uma secretária e uma recepcionista, que realizam funções administrativas.
Mãe de uma menina de quatro anos, a autônoma Luciana Brito de Freitas, de 39 anos, relata que os horários da escola estão reduzidos, por conta dos ajustes realizados em função da falta de profissionais. Atualmente, o funcionamento é das 8h às 17h.
— No primeiro ano, quando ela estava no berçário, foi tudo certo. Depois, em 2020, já tivemos falta de professor e os horários reduzidos. Por conta disso, eu preciso ficar em casa e não tem como conseguir um emprego fixo. Tem momentos que está tudo certo e, então, chega um bilhete dizendo que não tem professor. Aí, não tem como trabalhar, pois não há estabilidade — lamentou.
De acordo com a Smed, a carência de profissionais vem diminuindo ao longo deste ano. Em abril, um levantamento apontava para a falta de 250 servidores.
A pasta afirma que já nomeou 445 professores aprovados em concurso público, ou seja, de cargo efetivo, e que na última segunda-feira (25) realizou uma nova chamada de mais 124 professores. No entanto, ainda não há previsão de chamamento para monitores.
A expectativa da SMED é nomear, até o final de agosto, outros 47 professores e 100 monitores para atendimento nas escolas municipais. A secretaria também trabalha com a previsão de acabar o déficit de profissionais ainda em 2022.