O secretário Estadual de Educação, Faisal Karam, postou um vídeo nas redes sociais, na tarde desta terça-feira (3), em que garante que os 19 mil professores empregados no regime de contrato temporário não serão desligados ao final do ano letivo. Ele também confirmou a intenção de realizar um concurso público para o magistério, mas ponderou que a seleção depende das finanças do Estado.
A preocupação dos docentes era de que ao fim do período de aulas os contratos fossem interrompidos temporariamente ou definitivamente. Com o objetivo de acabar com as informações desencontradas sobre o assunto, o secretário tranquilizou o grupo.
— Não haverá rompimento no final deste ano. Haverá renovação e vamos encaminhar um pedido de autorização junto à AL (Assembleia Legislativa) dos 19 mil contratos em vigor. O que poderá ocorrer é uma realocação de professores de uma escola para outra, mas os contratos não serão interrompidos em hipótese alguma — garantiu o secretário.
A promessa veio acompanhada da informação de que a secretaria encaminhou, junto à Assembleia Legislativa, uma complementação de mais de 5 mil novas matrículas. Elas serão, em parte, para suprir as vagas dos professores que pedem aposentadoria.
— Estamos com um volume muito significativo de aposentadorias. São, praticamente, de 20 a 22 certidões expedidas por dia — comenta Karan.
Segundo o secretário, a realização de um concurso público está no horizonte da pasta. Esta é uma reivindicação antiga, mas que está na dependência de outras questões.
— Esta pauta está atrelada ao regime de recuperação fiscal do Estado e ao Tribunal de Contas — conclui.
Cpers faz manifestação em frente ao Piratini
O vídeo de Karam veio como resposta ao Cpers-Sindicato. A entidade organizou uma manifestação em frente ao Palácio Piratini nesta terça-feira para cobrar os pontos que o secretário respondeu nas redes sociais. O grupo protestou para exigir a aprovação do PL 392, que garante a não demissão dos atuais profissionais até que sejam substituídos por nomeados, a realização imediata de concurso público e reajuste salarial.
O secretário se posicionando que não haverá demissões em dezembro deu o gosto de vitória à nossa mobilização
HELENIR AGUIAR
Presidente do Cpers-Sindicato
A presidente do Cpers, Helenir Aguiar, considerou que o protesto foi um sucesso e celebrou a grande participação da categoria.
— (A Manifestação foi) Muito positiva. Muitos professores contratados se somando na luta. O secretário se posicionando que não haverá demissões em dezembro deu o gosto de vitória à nossa mobilização — comemorou.
Durante a tarde, a Assembleia decidiu que o PL 392 não entraria na pauta votações da casa. Helenir informou que o sindicato está mobilizado e que o grupo de professores voltará a se reunir em frente ao Piratini quando o projeto for reagendado.
— Estamos aguardando a Assembleia Legislativa colocar na ordem do dia o Projeto de Lei. Voltaremos para pressionar pela aprovação da emenda da Comissão de Educação — prometeu.