Sem atividades desde o dia 26 de abril por causa da interdição do prédio pelo Corpo dos Bombeiros, os alunos e professores da Escola Estadual de Ensino Fundamental Herlita Silveira Teixeira, em Cidreira, tiveram uma surpresa nesta semana. Bandidos entraram no local, danificaram a estrutura e furtaram equipamentos.
O crime ocorreu na noite de terça-feira (15), mas só foi percebido na manhã do dia seguinte quando engenheiros da Secretaria Estadual da Educação foram até o local. Segundo a diretora Itamari Pires Teixeira, os criminosos quebraram a janela nos fundos da instituição e vandalizaram as salas de aula e a da direção. Computadores, notebooks, microondas, uma furadeira, uma máquina fotográfica, câmeras de segurança e as centrais que armazenam as imagens foram levados.
— Eles bagunçaram muito as salas. Quebraram portas, reviraram tudo. A situação já estava ruim e ficou mais complicada — disse a diretora.
Segundo ela, o alarme chegou a disparar, mas como o prédio está interditado, os responsáveis pela ronda não puderam ingressar na escola e não encontraram nada do lado de fora. Já foi pedida uma autorização para que nesses casos a segurança externa possa ingressar no prédio. Uma ocorrência foi registrada na Polícia Civil, mas ainda não há suspeitos do crime.
Por outro lado, ainda não há previsão de quando as aulas serão retomadas na escola, prejudicando 420 alunos do Ensino Fundamental. Uma das hipóteses era utilizar as salas de aula junto ao ginásio de esportes, mas foi descartada. O local precisaria passar por obras e os custos e o tempo para a reforma não compensariam. Ainda não há uma definição de onde e quando esses alunos voltarão a ter aulas. A diretora pretende recorrer ao Ministério Público para que a situação seja resolvida.
Em relação aos alunos da Educação Infantil, que também tinham aulas no prédio interditado, a situação está perto de estar solucionada. Eles seguem com as atividades na paróquia Nossa Senhora da Saúde, mas até o final do mês serão encaminhados para a Escola Marcílio Dias.
No dia 25 de abril os pais dos alunos receberam um bilhete informando sobre a interdição e de que não deveriam levar os filhos ao colégio. O local foi interditado após denúncia. Os bombeiros encontraram vários problemas na estrutura, na fiação e no telhado da escola.
A Secretaria Estadual da Educação afirmou que foi realizada ontem uma reunião para discutir os problemas do local e que está buscando uma solução para a retomada das aulas.